Exposição "Pictures of Garbage", de 2009, onde Vik usa resíduos de lixo para compor
obras clássicas do Renascimento (na foto, a obra é o 'Nascimento da Vênus', de Botticelli).
Ouvi falar em Vik Muniz pela primeira vez em uma de minhas aulas de fotografia, na faculdade de Artes Visuais, com minha professorsa / fotógrafa / artista plástica Cristine Borowsky. Ela nos mostrou muitas fotos e trabalhos dele enquanto falava da carreira e sobre sua vida, que teve a maior parte vivida nos Estados Unidos, onde chegou em 1983. Lá ele conquistou fama e teve muitas obras admiradas por grandes artistas e críticos de arte.
Essa semana eu estava lendo a Folha Ilustrada, que sempre traz informações sobre artes em geral, e me deparei com a notícia que será lançado um catálogo com toda a obra de Vik. Eu fiquei muito feliz com isso, pois além dele, apenas aritstas como Portinari e Tarsila do Amaral tivera sua obra publicada na íntegra.
Abaixo, destaco a mátéria publicada na Folha Ilustrada no dia 13/12, por Mario Gioia.
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Uma espécie de "lado B" da produção do badalado Vik Muniz irrompe do volumoso catálogo raisonné da sua obra, que acaba de ser lançado no Brasil.
No país, é um caso único esse tipo de catálogo referencial ser dedicado à obra de um artista vivo. No Brasil, apenas nomes como Portinari (1903-1962) e Tarsila do Amaral (1886-1973) tiveram toda a produção organizada em publicações do tipo.
Nas 710 páginas da edição, lançada pela editora Capivara, há o registro da produção mais famosa do artista, a fotografia que faz referência a obras-chave da história da arte.
Mas há também objetos estranhos, registros fotográficos inspirados no minimalismo norte-americano e até uma série erótica, entre outras peças.
"Sinceramente, havia coisas que não tinha a menor ideia de que tinha feito, parece que tinham sido apagadas da minha cabeça", conta Vik, 47.
Séries menos conhecidas de Vik influenciaram sua decisão de produzir novamente objetos, centro de sua próxima exposição no Brasil, em setembro do ano que vem, na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio.
"O catálogo é como se fosse apresentado a você uma grande árvore. Cada galho e bifurcação é um lado da sua produção, que poderia ter sido desenvolvido e não foi por um ou outro motivo. Mas você sempre pode voltar neles", diz o artista.
Na publicação, fica clara a influência da arte norte-americana no desenvolvimento da obra de Vik. O minimalismo e até a land art (gênero da arte onde as condições naturais são decisivas para a criação de uma obra de arte) passeiam por algumas séries do artista.
"Cheguei em 1983 nos Estados Unidos. Toda a minha carreira foi desenvolvida por aqui. Por isso, considero muito importantes nomes como Robert Smithson, Walter De Maria e Robert Morris", diz ele.
Para Vik, sua arte começou a ganhar corpo em 1996, com a série "Crianças de Açúcar".
"Os anos 90 tinham sido ruins. Estava pensando em abandonar essa coisa de ser artista. Aí expus essa série em uma pequena galeria do SoHo e foi um sucesso, deu uma grande repercussão. Expus no MoMA [o Museu de Arte Moderna de Nova York] logo depois."
Vik deve ir no fim de janeiro para a pequena Park City, em Utah, acompanhar a sessão de "Lixo Extraordinário" no Festival Sundance. A produção mostra o artista criando peças no aterro do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ).
VIK MUNIZ - OBRA COMPLETA, 1987-2009
Organizador: Pedro Corrêa do Lago
Editora: Capivara
Quanto: R$ 198 (710 págs.)
Organizador: Pedro Corrêa do Lago
Editora: Capivara
Quanto: R$ 198 (710 págs.)
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São trabalhos maravilhosos.....ele é um genio !!!!!
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