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terça-feira, 28 de outubro de 2014

MOMOVR


UM CONVITE ESPECIAL

RELANÇAMENTO DO LIVRO PUBLICADO PELO UGB:

MOMOVR - A inscrição do Movimento Moderno no patrimônio Arquitetônico e Urbanístico de Volta Redonda

DIA 30/Out
Espaço das Artes Zélia Arbex
Vila Santa Cecília - Volta Redonda - RJ
A partir das 20h

Junto à belísssima exposição 
"RECORTES URBANOS" 
de Juliene de Paula, Fagner Ferreira e Igor Azevedo

Participe!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Poesia em Volta Redonda

É com prazer que convidamos os amigos para o lançamento de dois livros no próximo dia 27 de agosto,a partir das 16h, na Livraria Veredas, no Pontual Shopping, na Vila em Volta Redonda.
 
Inquietude, poesias de Vera Regina Marins
Tecendo a Vida, poesias e crônicas de Eliane de Lacerda
 
Um evento cultural aquecido com a leitura de texto e poesias das autoras para o qual contamos com 
as ilustres presenças dos amigos.
 
 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Lançamento do livro "No Japão, na Coreia e em uma cidade que nem está no mapa" em Volta Redonda



Entrando em clima de copa do mundo, no próximo sábado acontece o lançamento do livro "No Japão, na Coreia e em uma cidade que nem está no mapa" do psicólogo, nascido em Volta Redonda - RJ, Luciano Canavez.

O livro conta a história de um sujeito que é completamente apaixonado por futebol. Não perde um jogo, e gosta de fazer apostas. Copa do Mundo para ele é o principal evento. Ele aguarda ansiosamente para um novo mundial. Acontece que ele tem que fazer uma viagem, justamente durante a Copa do Mundo de 2002, para uma cidade no interior do Brasil que nem está no mapa.

Há um mistério nessa cidade envolvendo pessoas que para lá foram e nunca mais saíram e pessoas que foram embora e nunca mais voltaram. E porque todos os moradores desta cidade, que nem está no mapa, sabem dos resultados dos jogos antes mesmo destes acontecerem?


Além de falar sobre a última Copa em que o Brasil foi campeão, o livro presta uma homenagem as outras Copas, lembrando de jogos, fatos e personagens, o que certamente trará lembranças aos leitores. Quem não se lembra da eliminação do Brasil para a Itália em 1982 e os gols do Paolo Rossi. Ou, o pênalti de Roberto Baggio em 1994. Ou, mais recentemente da final com a Alemanha em 2002. Podemos até não nos recordar de todo o jogo, mas certamente guardamos o lugar que estávamos, as pessoas com quem compartilhamos e até a emoção que sentimos.

A história prende a atenção do leitor do início ao fim, pois fala de um assunto que faz parte da vida dos brasileiros que é o futebol. Seu grande trunfo é trazer um tema rico em nossa cultura sob a forma de ficção. Apesar do Brasil possuir muitas publicações sobre futebol, poucas exploram essa paixão através da ficção.

O livro, o primeiro editado pela Anagrama também de Volta Redonda, tem 300 páginas e pode ser encontrado na Livraria Veredas e no Mercado Livre, na Internet.

Aos que quiserem publicar um livro, pela editora, basta entrar em contato pelo e-mail: anagramaeditora@gmail.com.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

1ª Bienal do Livro de Volta Redonda


Acontece a partir de hoje começa a 1ª Bienal do Livro de Volta Redonda. Uma iniciativa pioneira na cidade, idealizada e desenvolvida pelo Instituto Dagaz, com a colaboração de muita gente interessada na formação cultural do nosso povo.

Começa hoje, a partir das 14 horas, e vai até domingo, no Condomínio Cultural, no bairro Volta Grande. A abertura oficial será ás 19 horas, com a jornalista e escritora Giovana Damaceno na condução da cerimônia. No sábado, ela vai estar na Sala de Debates, às 18 horas, num bate-papo com o tema “Mudando de assunto – o cotidiano no universo da crônica”.

Veja abaixo todos os detalhes do evento e a programação completa na Revista da Bienal.




Instituto Dagaz é uma associação civil sem fins lucrativos, dedicada a promover o desenvolvimento sociocultural de comunidades de baixa renda vilipendiadas, localizadas em centros urbanos, situada em Volta Redonda.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Depois da Chuva, o Recomeço

Já está disponível o novo livro da jornalista Giovana Damaceno - "Depois da Chuva, o Recomeço"É mais uma seleção das melhores crônicas e desta vez são 49 textos publicados no jornal Volta Cultural e no blog da Giovana nos últimos dois anos. 
A exemplo do primeiro, este livro é mais uma obra independente, disponível para venda no Clube de Autores. Ele pode visualizado e comprado clicando diretamente neste link.
O site Clube de Autores é o primeiro site brasileiro que permite a publicação gratuita de livros de forma 100% sob demanda. Em outras palavras, o autor, pode disponibilizar seu livro, determinar quanto deseja ganhar por venda e disponibilizá-lo na loja sem pagar absolutamente nada por isso. É uma boa oportunidade para novos autores e autores independentes.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

FLIP 2011 - João Ubaldo Ribeiro

O querido João Ubaldo Ribeiro era uma das estrelas desta Flip. E não decepcionou! Conduziu uma conversa tão a vontade e com tanta alegria que só faltou uma rede, da qual o autor contaria seus casos para uma plateia íntima. Durante uma hora o público sentiu o cheiro do mar de Itaparica e se deixou levar pelo gingado baiano de um dos maiores romancistas brasileiros. Veja um pedaço:

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Gibicon | Convenção Internaiconal de Quadrinhos

Essa é especial pra quem curte quadrinhos!
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Curitiba é sede de encontro internacional de histórias em quadrinhos
Encontro internacional de histórias em quadrinhos acontece em Curitiba
Em: 12/07/11
Por: Redação Bem Paraná

 Curitiba sedia de 15 a 17 de julho (sexta, sábado e domingo) a Gibicon n°0 – Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba evento inédito no sul do país. Para estes três dias estão programadas palestras, oficinas, lançamentos de livros, sessões de autógrafos e exposições com a presença de artistas gráficos do Brasil, Argentina, Itália, França e Alemanha. Todas as atividades são gratuitas e acontecerão no Memorial da Curitiba, Solar do Barão, Sesc Paço da Liberdade, Instituto Goethe, Aliança Francesa, Instituto Cervantes e Joker’s Pub.

Entre os destaques da Gibicon nº0 estão os quadrinistas internacionais Fabio Civitelli, Hervé Bourhis, Lucio Filippucci e Salvador Sanz. Vinte dos principais autores brasileiros estarão presentes, entre eles Lourenço Mutarelli, Fábio Moon e Gabriel Bá. Há também espaço de destaque para Seto – o Samurai de Curitiba, e os quadrinhos curitibanos.

A Gibicon é uma prévia das comemorações dos 30 anos da Gibiteca de Curitiba, que acontecerá em 2012. “Os artistas presentes na edição zero da Gibicon farão uma amostra do que planejamos para o ano que vem. Agora será uma convenção curta que fará de Curitiba a capital mundial dos quadrinhos. Buscamos valorizar os artistas locais ao mesmo tempo que programamos trazer os internacionais, promovendo o intercâmbio profissional e intelectual”, disse o coordenador e curador artístico do evento, José Aguiar.

Nos últimos anos as histórias em quadrinhos têm mostrado cada vez mais sua força como arte e crescido em relevância. Ao reunir artistas de escolas, estilos e idiomas tão diferentes, a Gibicon irá movimentar a área com discussões, aproximar as histórias em quadrinhos do grande público, e fazer com que a cidade abrace de vez sua vocação como polo produtor e difusor dos quadrinhos brasileiros.



Segundo Fabrizio Andriani, que também é curador e coordenador da mostra, a Gibicon nasce para prestigiar os artistas locais, colocando-os no cenário nacional ao mesmo tempo que reúne quadrinistas de outros países. “O Brasil é cada vez mais reconhecido nos quadrinhos. Agencio artistas brasileiros para o mercado europeu e eles são muito valorizados. É um reflexo que há ótimo material humano aqui, mas o que precisa acontecer é que se publiquem mais quadrinhos autorais, que o Brasil volte a ter seus periódicos em quadrinhos como nos anos dourados. Acredito que isso irá em breve acontecer”.

A curadoria da Gibicon fez também parceria com o Festival Internacional de Quadrinhos de Roma - Romics. O diretor do Festival de Roma, Luca Raffaelli, estará em Curitiba para falar do mercado europeu de quadrinhos e, especificamente, dos quadrinhos italianos, junto com Tommaso D’Alessandro, que é agente de quadrinhos e estará olhando portfólios para revelar novos talentos.

Passado - Curitiba sempre teve grandes artistas ligados aos quadrinhos. Tradição que não é recente e que remonta a obra do cartunista Alceu Chichorro (1896-1977), passando pela geração que, entre as décadas de 1970 e 1980, fomentou os quadrinhos eróticos, de terror e ficção cientifica da editora Grafipar e também a criação da Gibiteca de Curitiba, a primeira da América Latina, em 1982. Espaço pioneiro que concentrou pelo menos três gerações de artistas desde a sua criação.

Para o coordenador editorial da Mauricio de Sousa Produções, Sidney Gusman o evento está sendo aguardado e será um marco para os HQ’s no Brasil: “A expectativa pela Gibicon é grande, não apenas pelo ótimo nível dos convidados e da programação, mas por recolocar, em grande estilo, Curitiba no mapa dos eventos de quadrinhos do Brasil. A cidade, que tem uma tradição enorme nesse mercado, merece”.


Gibiteca de Curitiba
O professor e pesquisador de história em quadrinhos, Paulo Ramos, disse que o encontro, de qualquer ordem, tem ao menos dois aspectos mais evidentes. “O primeiro é permitir um aprofundamento do tema abordado, por meio das vozes plurais presentes. O segundo é servir de ponto de encontro de pessoas com interesses afins, o que ajuda a viabilizar e estreitar contatos com gente de diferentes partes do país. A Gibicon agrega valores nesses dois sentidos e, possivelmente, num terceiro também: o de por Curitiba no circuito nacional de encontros sobre quadrinhos”.

O escritor, quadrinista e ilustrador carioca André Diniz lembra que Curitiba é um dos quatro principais polos de produção de quadrinhos no país ao lado de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “Eu mesmo tenho trabalhos em parceria com dois grandes artistas da cidade, que são o José Aguiar e o Antonio Eder. Um evento desse porte na cidade era o que faltava para marcar de vez a posição e a importância de Curitiba no cenário dos quadrinhos nacionais”, afirma.

Exposições - Além das exposições no Instituto Goethe e no Joker’s, o público poderá ver durante a Gibicon trabalhos de diversos artistas de quadrinhos, de diferentes épocas e estilos em outros quatro espaços. No Memorial de Curitiba estarão as exposições TEX e TEX Brasileiro, Quadrinhos Curitibanos e Dream2 (cartazes Animes. No Solar do Barão, Seto – o Samurai de Curitiba, Acervo da Gibiteca e Made for USA. Na Aliança Francesa, Eles Sonham o Mundo. E no Instituto Cervantes, estarão expostos os trabalhos do artista espanhol Ángel Idígora.

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A Gibicon é uma realização da Quadrinhofilia Produções Artísticas e Znort Editora, Prefeitura de Curitiba/Fundação Cultural de Curitiba, com patrocínio do Inter Americano, Instituto Goethe, Bonelli Editore, Mythos Editora, Instituto Itália e Joker’s. O evento tem o apoio da Aliança Francesa e Consulado Italiano.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cães

Quem tem cão de estimação sabe bem as traquinagens que eles são capazes de aprontar. Antes de relacionar tais comportamentos à birra, ciúme ou outro tipo de emoção humana, conheça um pouco mais sobre a mente deles na compilação feita a partir do livro “A Cabeça do Cachorro” (Editora: Best Seller), da pesquisadora Alexandra Horowitz, e aprenda mais sobre como lidar com seu animal. Aproveite também e deixe um comentário abaixo com as peraltices do seu cachorro!


O cachorro não é humano
Por mais que você saiba que são cão não é uma pessoa, talvez nunca tenha refletido sobre isso. Os cães percebem o mundo de forma diferente de nós. Eles podem aprender o que devem ou não fazer, mas nunca vão te desobedecer por “birra” ou qualquer outro sentimento humano. Eles são movidos por instintos, que não devem ser humanizados. O que ocorre, sim, é uma relação de dominação e submissão. É importante que o dono saiba manter seu cachorro submisso ou que procure ajuda profissional para isso.



 Cães sentem apenas dois tipos de emoções: alegria e tristeza
Sentimentos como culpa, birra, raiva envolveriam conexões cerebrais mais complexas do que a dos cães. Eles ficam felizes ou ficam tristes. Todas as outras emoções que achamos que eles sentem são humanizações indevidas do cão. Ele é muito mais fácil de decifrar do que isso.


Há dois tipos de relação possíveis com seu cão: dominação ou submissão
Se você não conseguir dominar seu cão, pode pedir ajuda profissional para adestrá-lo. Mas, acredite, é possível submeter qualquer cachorro à vontade do seu dono, até os mais traquinas.


Nós vemos o mundo, os cachorros cheiram
“Quando um cão se volta para nós, não é para nos ver com os olhos, mas para deixar seu seu nariz nos veja”. O focinho é uma poderosa arma que usam para caçar suas guloseimas preferidas. O olfato é o sentido mais apurado dos cachorros e é a forma como mais conseguem interagir conosco. A partir dos cheiros que emitimos, eles são capazes até de deduzir nossas emoções.


Cães se comunicam (e encontram seu jeito de atrair atenção)
Estudos comprovam que cães apontam para os locais onde sabem que há guloseimas escondidas ou tentam indicar ao dono um objeto que queiram muito morder. E eles aprendem as técnicas para chamar a atenção de seus donos. Se, por exemplo, abocanhar seu sapato preferido ou tirar seu cobertor e sair correndo faz com que você se movimente sua direção, pronto, ele sente que te ganhou, mesmo que por alguns minutos.


O cachorro é o animal que melhor observa os humanos
Eles estão antenados com o que estamos fazendo o tempo todo e sabem o que é ou não comum. Conseguem detectar para onde nossos olhos estão apontando e descobrir, por exemplo. Em pesquisas feitas por especialistas, os cães se saíram melhores até do que os macacos e chimpanzés para seguir instruções humanas.


Cães são lobos domesticados
Os ancestrais dos cachorros eram lobos que foram domesticados durante centenas de anos. Nesse período, sofreram mutações genéticas e hoje são animais mansos (na maioria das vezes), que convivem em harmonia com seus donos. Mas a herança genética dos lobos continua lá e pode ser percebida em uivos, latidos mais fortes, rosnadas ou até na caça de um passarinho desavisado.


Cães preferem humanos a outros cães
Em diversos estudos foi comprovado que os cães preferem a companhia e a liderança de seres humanos do que permanecer em bando com outros cães, como faziam seus ancestrais lobos. Está cientificamente provado: o cão é mesmo o melhor amigo do homem.


Fonte: IG / Delas / Comportamento
Texto: Natália Garcia
"Meu  cachorro é do barulho" - 06/01/2011

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Convite especial!

 
Um convite especial para os amigos! Venham prestigiar o lançamento de "Mania de Escrever" da jornalista Giovana Damaceno.
Vai ser na próxima terça, dia 21 de dezembro, na Livraria Veredas, em Volta Redonda. O encontro vai acontecer das 17h30 às 20h, no Pontual Shopping.

Espero vocês!
Cintia
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Já está disponível no site do Clube de Autores, o meu primeiro livro, Mania de Escrever. Trata-se de uma coletânea de crônicas publicadas entre os anos de 2007 e 2009 no jornal Volta Cultural (Volta Redonda/RJ) e no meu blog.

Mania de Escrever é algo que faço desde os 14 anos, com rabiscos em cadernos, blocos de anotações, folhas soltas, bilhetinhos. Em tudo e para tudo há motivo para puxar caneta ou lápis e registrar desde observações até vagos pensamentos. Letras, frases, palavras soltas. Tudo um dia pode virar texto, ou não.

Mania de Escrever tornou-se o nome do meu arquivo no compuador, para onde transcrevo esses mesmos rabiscos e rascunhos, onde reúno contos, crônicas, poesias, relatos de sonhos, de conversas, cartas.

Mania de Escrever agora é o nome do meu livro, no qual juntei 40 crônicas para comemorar meus 40 anos. Para quem perdeu uma ou outra no jornal Volta Cultural, esta é uma ótima oportunidade de conhecê-las.

Publicação por demanda
No site do Clube de Autores qualquer autor pode publicar seu livro. Independente da quantidade, em apenas alguns cliques o leitor faz seu pedido, que vai direto para a gráfica. Em poucos dias o livro chega pelos Correios.

Esse novo formato de publicação foi criado para dar maior oportunidade a autores independentes, que não alcançam as editoras em nem dispõem de verba suficiente para custear sua própria publicação.

Por isso a minha opção. Clique, compre e curta uma leitura leve, com observações às vezes críticas, outras ácidas e normalmente bem humoradas sobre um cotidiano que vejo de forma muito especial.

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Mania de Escrever
86 páginas
Capa: Fabiola Campbell Vianna
Foto de capa: Caio Damaceno
Editoração: Jusimara Medeiros
Impressão: Clube de Autores
2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dica de leitura e, porque não, um presente de natal?


Adorei esse lançamento, tão esperado esse ano. O livro da minha amiga Giovana Damaceno saiu do formo e está prontinho pra encantar muita gente.

"Mania de Escrever" oferece ao leitor uma coletânea de 40 crônicas, publicadas entre 2007 e 2009 no jornal Volta Cultural e no blog dela. São observações às vezes críticas, outras ácidas e normalmente bem humoradas sobre um cotidiano que ela vê de forma muito especial.

A compra já está disponível no site Clube de Autores. A venda é por demanda: clique, faça seu pedido e aguarde na sua casa!


Mania de Escrever é algo que faço desde os 14 anos, com rabiscos em cadernos, blocos de anotações, folhas soltas, bilhetinhos. Em tudo e para tudo há motivo para puxar caneta ou lápis e registrar desde observações até vagos pensamentos. Letras, frases, palavras soltas. Tudo um dia pode virar texto, ou não.

Mania de Escrever tornou-se o nome do meu arquivo no compuador, para onde transcrevo esses mesmos rabiscos e rascunhos, onde reúno contos, crônicas, poesias, relatos de sonhos, de conversas, cartas.

Mania de Escrever agora é o nome do meu livro, no qual juntei 40 crônicas para comemorar meus 40 anos. Para quem perdeu uma ou outra no jornal Volta Cultural, esta é uma ótima oportunidade de conhecê-las.
 
No site do Clube de Autores qualquer autor pode publicar seu livro. Independente da quantidade, em apenas alguns cliques o leitor faz seu pedido, que vai direto para a gráfica. Em poucos dias o livro chega pelos Correios.

Esse novo formato de publicação foi criado para dar maior oportunidade a autores independentes, que não alcançam as editoras em nem dispõem de verba suficiente para custear sua própria publicação.

Por isso a minha opção. Clique, compre e curta uma leitura leve, com observações às vezes críticas, outras ácidas e normalmente bem humoradas sobre um cotidiano que vejo de forma muito especial. 
 
 
Giovana Damaceno

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Crônicas da decadência

Guitarrista do grupo Titãs, Tony Bellotto, narra a história de um roqueiro em maré baixa. Esse é o novo livro lançado pela Companhia das Letras e mostra um bellotto mais contemplativo e perdido em suas meditações sobre arte, vida e envelhecimento.
Matéria de Carlos Messias, para a revista Rolling Stone (out. 2010).

Cintia
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Esqueça sa complexas tramas policiais e o suspense iminente que fizeram a fama do Tony Bellotto escritor com a trilogia Bellini (1995, 1997, 2005). Mas, se você gosta do protagonista desses livros, aquele tipo canastrão que enxerga um viés sexual em tudo e não tem medo de assumir os próprios defeitos, vai se deliciar com "No Buraco", primeiro romance adulto do guitarrista dos Titãs a se passar longe dos distritos policiais. Desta vez, o protagonista é o Teo Zanquis, ex-guitarrista de uma banda de um hit só dos anos 80 que, nos tempos atuais, amarga uma longa e contínua derrocada, sozinho ou na companhia de Lien, sua namoradinha de 19 anos. De suas memórias oitentistas saem as cenas mais engraçadas , já que o protagonista olha para aquele "período trágico" sem o menor saudosismo. E dá-lhe referências pop. Seu sarcasmo é ainda mais afiado do que o de Bellini, e o autor se permite ser mais descritivo quanto aos detalhes sexuais. Mas 'No Buraco' não se resume a um livro de humor, e o drama do roqueiro derrotado convence. O vocabulário do autor é totalmente coloquial e admiravelmente preciso, o que garante o bom ritmo da história e a fluidez da leitura.

Entrevista:
- O livro trata de um guitarrista de rock decadente. Tirando a parte do sucesso, o quanto de Teo Zanquis é autobiográfico?
- O Teo Zanquis tem muita coisa minha. E náo é só uma projeção tipo "Tony versão frustrada". Por mais sucesso que você faça , o fracasso é sempre uma sombra constante, ameaçadora e instrutiva. Ninguém está satisfeito com o que tem. Para mim, a questão principal desse personagem não é nem o fato de ele ser um guitarrista, fracasado ou não. É o fato de ser um homem que completa 50 anos e se depara pela primeira vez com a finitude da vida. E nisso eu e o Teo somos a mesmíssima pessoa.

- No livro, você se refere aos anos 80 como um período trágico para a nossa cultura. Algum  arrependimento, do ponto de vista artístico?
- Olha, essa é uma visão do Teo Zanquis, que, como você já percebeu é um sujeito extremamente recalcado e ressentido. Há algo de desdém nessa visão. Apesar de concordar com o Teo que alguns figurinos e cortes de cabelos dos anos 80 eram pavorosos, vejo muita qualidade em vários trabalhos da época, como o de bandas como a minha, Titãs, Paralamas,  Legião, Blitz, artistas como Lulu Santos etc. Por outro lado, devo concordar com Teo Zanquis quando ele diz que as bandas brasileiras da época copiavam deslavadamente as estrangeiras.

- O quanto das memórias de Teo são baseadas nas suas experiências?
- Quase tudo o que está no livro. Não quer dizer que eu tenha vivido tudo aquilo ípisis litteris. O grande fascínio da ficção é justamente poder alterar e distorcer a realidade à vontade. Descrevo situações que vivi, muitas que presenciei, algumas de que ouvi falar e outras coisas eu inventei, claro.

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Leia mais em: www.rollingstone.com.br

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Deixe a Rita em paz!!!!

Adorei essa matéria que saiu na Rolling Stone desse mês.
O que vcs acham? Concordam em dizer que realmente essa banalização, essa "lucianohuckzação" de querer fazer sempre tudo certinho apenas para agradar a todos é legal?  Eu não concordo e acho que ninguém deve mudar seu ponto de vista e seu jeito de agir e pensar só para parecer bonitinho para os outros. Opinem.

Bjs
Cintia
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Deixem a Rita em Paz
Por: Miguel Sokol
Revista Rolling Stone, Outubro, 2010.
Coluna Vida Pop

Como alguém ousa ameaçar a Rita Lee? Ela é humana! E corintiana! (snif) Vocês tem sorte que ela ainda cante pra vocês, seus desgraçados! (snif, snif) Deixem a Rita Lee em paz! (buááá...).

Eu seria emo se a Rita Lee fosse a Britney Spears, mas não é o caso. Rita em cérebro e foi ele, aliás, o grande culpado do ataque covarde e cruel que a cantora sofreu. Tudo começou quando ela aderiu ao twitter - mas não para fazer um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar. Fugindo à regra, Rita tem o que dizer e, no caso, foi contra a construção do estádio do seu time  do coração em "ritaquera", pelo menos pelo menos da forma que está sendo construído. E aí, o império contra-atacou. A  cantora foi ameaçada e chegou a abandonar a rede social  temendo pela sua segurança depois que, usando as palavras dela, "o Cansástico lhe atirou aos leões".

O mundo (virtual e real) não está mais preparado para artistas que tem o que dizer. Se estivesse, Justin Bieber não lançaria uma autobiografia aos 16 anos de vida. devem ser umas sete páginas para contar a vida e mais umas 700 de agradecimentos - e o pior é que vai vender que nem disco de padre. Agora é assim: artista legal, é artista bonzinho. Um fenômeno perigoso que o apresentador Rafnha Bastos, do CQC, chamou de "lucianohuckzação", uma "bundamolização" generalizada que está transformando o nosso planeta em uma imensa chapa branca. Sim, o fenômeno é mundial, tanto que Justin Timberlake e Keith Richards foram parar no mesmo disco, o novo da Sheryl Crow! me dá calafiro só de imaginar o resultado, mas é bom ir se acostumando porque no mundo "lucianohuckzado" é assim: todo mundo tem que gostar de todo mundo.

Susan Boyle viajou da Grã-Bretanha aos EUA só para cantar "Perfect Day" no programa de calouros America's Got Talenet. Mas Lou Reed, o dono da música, proibiu sumariamente e, quando perguntaram porque, ele disse: "Eu não gosto de Susan Boyle". Susan voltou para casa chorando, a notícia repercutiu e, uma semana depois, Lou deixou a coitadinha gravar a bendita música no seu próxiumo disco.

Dito isso, eu proponho um teste: você acha que, tipo assim, foi muito fofo o Lou Reed reconsiderar?
(     ) Sim          (     ) Não

 Se você assinou "sim", você está "lucianohuckzado" e mais, foi por sua causa que Lou cedeu. Ele é mais uma vítima dessa "bundamolização" generalizada. Mais personalidade, mais opinião e menos "lucioanohuckzação". Deixem o Lou Reed em paz. Deixem a Rita Lee em paz!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Machado de Assis


Achei essa matéria na Folha, coluna Ilustríssima, de agosto/2010, e achei muito interesante trazer pra cá.
Machado de Assis é um ícone da nossa literatura e não deve ser nunca esquecido. Muito do que ele escreveu continua vivo e atual. No livro em questão, a novela O Alienista, a ironia de Machado de Assis é notória quando mostra a hipocrisia do ser humano que só pensa em seu próprio prestígio.

Bjs
Cintia
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Livro analisa "O Alienista", de Machado de Assis
15/08/2010 - 08h00
Euclides Santos Mendes - São Paulo.

Em entrevista ao caderno Ilustríssima, o professor de literatura brasileira na ECA-USP Ivan Teixeira comenta a novela "O Alienista", em que Machado de Assis (1839-1908) discute o significado da loucura na sociedade do seu tempo. Teixeira é autor do livro "O Altar e o Trono - Dinâmica do Poder em 'O Alienista'.
"O Alienista" foi originalmente publicado em 1882, na coletânea "Papéis Avulsos".

Folha - Como surgiu a novela "O Alienista", de Machado de Assis?
Ivan Teixeira - Há duas hipóteses. Em primeiro lugar, acredito que "O Alienista" tenha surgido da necessidade do escritor em preencher seu espaço regular em "A Estação - Jornal Ilustrado para a Família". Esse periódico de moda feminina pertencia a um grupo internacional alemão que editava 20 jornais em 19 idiomas. Quando se tratou de atribuir feição local a ele, criou-se uma seção literária. Machado de Assis tornou-se não só o principal colaborador, mas também uma espécie de editor do caderno. Permeneceu 19 anos nessa função. Essa é uma das hipóteses de meu livro. Em segundo lugar, "O Alienista" explica-se como intervenção artística do autor em questões cruciais de seu tempo como: pretensões da igreja no Estado moderno, intervenção da medicina na vida da cidade, noção de unidade política no Império, conceito de loucura e função social do hospício. Além disso, a novela tematiza a necessidade de equilíbrio diante da moda e da vaidade. Fala também do mau uso da imprensa. Tudo isso é abordado por meio do humor. Integrada à dinâmica do periódico em que foi publicada, a novela pretendia oferecer à nascente elite feminina do Império um modo desconfiado de interpretar questões culturais relevantes para o momento.

Folha - Em que medida "O Alienista" pode ser lido como uma manifestação da caricatura ou da charge jornalística?
Ivan Teixeira - A narrativa segue, entre outras sugestões, o estilo das caricaturas dos jornais humorísticos da sua época -como a "Revista Ilustrada", de Ângelo Agostini, e "O Mosquito", em que colaborava Rafael Bordalo Pinheiro. Acredito que, ao produzir deformações evidentes para as leitoras de "A Estação", "O Alienista" acabou por oferecer um enigma semântico ao século 21. Embora a novela critique a intromissão da igreja e do povo em assuntos do Estado monárquico, a leitura consensual privilegiou o motivo da loucura, que é um acessório para aquela questão. Mas há ironia também contra o próprio Estado monárquico. Ao traduzir para a linguagem verbal algumas propriedades do desenho burlesco das colunas dos jornais, "O Alienista" se apropria da sátira como uma espécie de espelho em que o observador reconhece todas as faces possíveis, exceto a sua própria. Sendo alusiva, essa espécie de crítica prefere a denúncia conceitual. Em vez de ofender, ela costuma ser apreciada como exercício dos direitos e deveres da cidadania. Acredito que a função primordial da caricatura em "O Alienista" tenha sido fornecer um repertório artisticamente refinado às camadas letradas do Segundo Reinado (1840-89). O texto oferecia as coordenadas críticas com que enfrentar o aspecto moral de questões políticas e culturais associadas à vida nas camadas que consumiam arte. Uma sociedade como a do Rio de Janeiro oitocentista não poderia aproximar-se do modelo de civilização europeia se desfavorecesse o surgimento e a consolidação de artistas que, pela crítica, legitimassem as instituições e os valores das camadas dirigentes locais, sobretudo aquelas empenhadas na modernização do país.

Folha - Como ler "O Alienista" à luz da sociedade brasileira do século 19?
Ivan Teixeira - Não acredito que Machado de Assis escrevesse para o futuro ou para a humanidade. Como todo autor que transcende o próprio tempo, envolveu-se até a medula com sua época. Nesse sentido, penso que "O Alienista" -assim como "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Quincas Borba"- deva ser entendido como formulação artística consentida e admirada por grupos empenhados em um novo projeto para o Brasil, que então se formava. Pertenciam a esse grupo políticos, jornalistas, escritores e alguns proprietários de grandes jornais. Machado de Assis ajudou a construir o repertório simbólico do projeto desse grupo, de cuja moralidade ele partilhava. Teria percebido, por exemplo, que o livro e a literatura não poderiam se afastar do jornal. Compreendeu também que a mulher não deveria permanecer à margem do debate artístico e cultural do tempo. Por isso, escrevia para elas. Não se pode esquecer que o periódico "A Estação", produzindo simultaneidade de moda e de notícias entre Paris e o Rio de Janeiro, requeria um artista que reconhecesse e aprimorasse o matiz internacional das leitoras. Elas tanto podiam estar na capital do Império brasileiro quanto na capital da moda europeia ou em centros cariocas que mimetizavam os salões de Paris. Assim como o pensamento politico brasileiro se inspirava em modelos europeus, Machado de Assis empenhou-se em incorporar padrões ingleses e franceses a seu texto, em busca de sugestões compatíveis com o nível da elite que então alterava o ambiente cultural do Rio de Janeiro. A apropriação de técnicas de Jonathan Swift, de Laurence Sterne, de La Bruyère e de Teofrasto não era opção isolada do escritor, mas postura coletiva que via na incorporação de padrões europeus uma forma de evitar o provincianismo regionalista de certas tendências da sociedade e da arte romântica.

Folha - Como ler "O Alienista" à luz do século 21?
Ivan Teixeira - A novela permite muitas leituras, mas não todas. Depende do repertório do leitor. Associá-la com o horizonte de expectativas do século 19 pode enriquecer a experiência do leitor atual.

Folha - Como situar a novela no conjunto da obra de Machado de Assis?
Ivan Teixeira - Entre 1863 e 1878, ele escreveu para o "Jornal das Famílias", veículo conservador no quadro político e cultural do tempo. O encerramento desse periódico coincide mais ou menos com a morte de José de Alencar (1829-77) e com o surgimento do suplemento literário de "A Estação" e da "Gazeta de Notícias". Consolidavam-se os matizes de uma nova poética cultural no Rio de Janeiro e de uma nova diretriz técnica em Machado de Assis. O escritor filia-se, então, a um grupo mais nuançado, cujos integrantes oscilavam entre a tradição e a renovação do pensamento político e da prática social no Brasil. "O Alienista" e "Memórias Póstumas de Brás Cubas" são os primeiros resultados dessa nova situação, que se perpetua nas obras futuras do escritor. Assim, as sátiras desse período não se dirigem ao Brasil ou à burguesia, abstratamente considerados. Dirigem-se aos desvios de grupos conservadores com relação à nova proposta de ordenação do país. Por essa perspectiva, esse dois textos inaugurais devem ser entendidos como afirmação do projeto liberal que então se organizava. O código desse projeto não só pressupunha a denúncia dos velhos quadros de poder, como também admitia a ironia contra os próprios limites. Um dos índices de transformação do país pode ser exatamente a aceitação de um romancista como Machado de Assis. Ao encenar as contradições do tempo, ele dinamiza a imprensa e o repertório da literatura brasileira, sem deixar de atender a necessidade de refinamento do espírito crítico dos novos grupos. Ele transformou o ideário desse grupo em ficção partilhada. Machado de Assis tornava-se, assim, um artista tanto mais assimilável pelos novos tempos quanto menos incorporasse a denúncia agressiva, como se observa em Aluísio Azevedo e Raul Pompeia, escritores igualmente fortes, mas sem o mesmo prestígio. A opção machadiana pela alegoria moralizante explica, em parte, a aceitação maciça que teve entre os contemporâneos.

Folha - Qual a principal contribuição do seu livro para a fortuna crítica sobre Machado de Assis?
Ivan Teixeira - Procurei voltar ao texto e à história, desfazendo o mito de um autor preocupado com doutrinas inexistentes em seu tempo. Tentei demonstrar que "O Alienista" alegoriza o velho debate entre a teologia e a ciência no estabelecimento dos valores e das convicções.


Fonte: Ilustríssima

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Movimento por um Brasil Literário

Oi gente! Conheci esse movimento na Flip desse ano, mas na verdade ele foi lançado da festa de 2009.
O Movimento por um Brasil Literário, foi a iniciativa de um grupo de instituições e pessoas envolvidas com a leitura literária no país. Com isso, eles pretendem ampliar o debate em torno da importância da leitura de livros, acolher propostas e engajar o maior número de pessoas em torno desta causa.
Só que um movimento não passa a existir de repente, nem se baseia em uma ideia inédita. Ele é feito de pessoas e organizações, com propósitos e desejos semelhantes, experiências e anseios complementares, mas comporta a diversidade, o que o enriquece. Ele organiza e sistematiza ações e pensamentos para um determinado objetivo, a fim de causar um impacto na busca por esse propósito. É fruto de uma mobilização. Por isso, quanto mais interessados aderirem ao movimento, mais forte ele será.

Leia abaixo o manifesto do Movimento por um Brasil Literário e contamine-se também!

"O Instituto C&A, se somando às proposições da Associação Casa Azul . organizadora da Festa Literária Internacional de Paraty -, à Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, ao Instituto Ecofuturo e ao Centro de Cultura Luiz Freire, manifesta sua intenção de concorrer para fazer do País uma sociedade leitora. Reconhecendo o êxito já conferido, nacional e internacionalmente à FLIP, o projeto busca estender às comunidades, atividades mobilizadoras que promovam o exercício da leitura literária.

Reconhecemos como princípio o direito de todos de participarem da produção também literária. No mundo atual, considera-se a alfabetização como um bem e um direito. Isto se deve ao fato de que com a industrialização as profissões exigem que o trabalhador saiba ler. No passado, os ofícios e ocupações eram transmitidos de pai para filho, sem interferência da escola.

Alfabetizar-se, saber ler e escrever tornaram-se hoje condições imprescindíveis à profissionalização e ao emprego. A escola é um espaço necessário para instrumentalizar o sujeito e facilitar seu ingresso no trabalho. Mas pelo avanço das ciências humanas compreende-se como inerente aos homens e mulheres a necessidade de manifestar e dar corpo às suas capacidades inventivas.

Por outro lado, existe um uso não tão pragmático de escrita e leitura. Numa época em que a oralidade perdeu, em parte, sua força, já não nos postamos diante de narrativas que falavam através da ficção de conteúdos sapienciais, éticos, imaginativos.

É no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. Na literatura que, liberto do agir prático e da necessidade, o sujeito viaja por outro mundo possível. Sem preconceitos em sua construção, daí sua possibilidade intrínseca de inclusão, a literatura nos acolhe sem ignorar nossa incompletude.

É o que a literatura oferece e abre a todo aquele que deseja entregar-se à fantasia. Democratiza-se assim o poder de criar, imaginar, recriar, romper o limite do provável. Sua fundação reflexiva possibilita ao leitor dobrar-se sobre si mesmo e estabelecer uma prosa entre o real e o idealizado.

A leitura literária é um direito de todos e que ainda não está escrito. O sujeito anseia por conhecimentos e possui a necessidade de estender suas intuições criadoras aos espaços em que convive. Compreendendo a literatura como capaz de abrir um diálogo subjetivo entre o leitor e a obra, entre o vivido e o sonhado, entre o conhecido e o ainda por conhecer; considerando que este diálogo das diferenças . inerente à literatura . nos confirma como redes de relações; reconhecendo que a maleabilidade do pensamento concorre para a construção de novos desafios para a sociedade; afirmando que a literatura, pela sua configuração, acolhe a todos e concorre para o exercício de um pensamento crítico, ágil e inventivo; compreendendo que a metáfora literária abriga as experiências do leitor e não ignora suas singularidades, que as instituições em pauta confirmam como essencial para o País a concretização de tal projeto.

Outorgando a si mesmo o privilégio de idealizar outro cotidiano em liberdade, e movido pela intimidade maior de sua fantasia, um conhecimento mais amplo e diverso do mundo ganha corpo, e se instala no desejo dos homens e mulheres promovendo os indivíduos a sujeitos e responsáveis pela sua própria humanidade. De consumidores passa-se a investidores na artesania do mundo. Por ser assim, persegue-se uma sociedade em que a qualidade da existência humana é buscada como um bem inalienável.

Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária. Daí, a literatura ser próxima da criança. Possibilitar aos mais jovens acesso ao texto literário é garantir a presença de tais elementos . que inauguram a vida . como essenciais para o seu crescimento. Nesse sentido é indispensável a presença da literatura em todos os espaços por onde circula a infância. Todas as atividades que têm a literatura como objeto central serão promovidas para fazer do País uma sociedade leitora. O apoio de todos que assim compreendem a função literária, a proposição é indispensável. Se é um projeto literário é também uma ação política por sonhar um País mais digno."


Bartolomeu Campos de Queirós
Junho de 2009




Quem gostou dessa ideia sensacional, assim como eu, basta aderir ao movimento. Para participar, basta acessar o site e se inscrever. É nesse espaço que as pessoas estão permanentemente abertas a compartilhar propostas e ideias com os participantes para fazer do Brasil um país de leitores.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Projeto Caravanas Euclidianas

As Caravanas Euclidianas vêm percorrendo cidades, escolas e comunidades por todo os Estado do Rio. O objetivo é falar sobre o universo do escritor Euclides da Cunha, e ainda contribuir para a inclusão educacional difundindo a obra deste, que é considerado um dos maiores autores da literatura brasileira. Apresentação é feita através de uma exposição, filmes, livros e uma oficina de literatura e audiovisual.

Em Vassouras, a exposição está na Casa de Cultura desde o dia 23 de agosto. Nos dias 27 e 28 de agosto aconteceram oficinas na Universidade Severino Sombra e foi projetado um filme no Auditório do Centro da Cidadania (Prefeitura).

Cada passagem das Caravanas Euclidianas por uma comunidade, tem a duração de dois dias. No primeiro dia, uma apresentação de abertura da Professora Regina Abreu, especialista em Euclides da Cunha, seguida da exibição do filme "A Paz é Dourada", de Noilton Nunes, diretor de cinema campista. Este é o único filme realizado sobre a vida e obra do escritor.  Há ainda uma apresentação do compositor Edeor de Paula, autor do samba-enredo "Os Sertões", que ganhou o "Estandarte de Ouro" de 1976, considerado um dos mais belos de todos os tempos.

No segundo dia acontece a Oficina de Cinema e Literatura, onde são focalizados temas presentes na obra do escritor e que são atuais até hoje, como a exclusão social, a ecologia, a união dos povos da América Latina.
As oficinas tomam por base os capítulos de "Os Sertões: A Terra, O Homem e A Luta".

"Nas oficinas, os alunos devem transpor a obra de Euclides da Cunha para os dias atuais, narrando a partir de suas experiências cotidianas a terra, o homem, a luta das comunidades onde vivem" - explica Noilton, um dos idealizadores do projeto, que se estrutura com base em uma rede de professores de literatura, história e cinema no conjunto do Estado. Cada professor recebe material didático para um trabalho prévio de sensibilização com os alunos.

 "Defendo a ideia de que o professor não deve se limitar à sala de aula, buscando ampliar suas ações e criar oportunidades de interação entre a Universidade e a comunidade", diz Regina Abreu, professora da Unirio, coordenadora do Projeto e autora de "O Enigma de Os Sertões", livro que procura decifrar as razões que transformaram a obra de Euclides da Cunha em monumento nacional.

Noilton e Regina finalizam assinalando que a obra de Euclides é um manancial de temas e questões que nos afetam, inclusive, no contemporâneo. "Euclides era um visionário, além de sua importância para a língua portuguesa, ele é considerado um dos primeiros ecologistas, chamando a atenção ainda no final do século XIX para as devastações que começavam a ocorrer, com a chegada do progresso com suas fábricas e os meios de transporte modernos", completa.


Fonte: Jornal Diário do Vale
Em 27/08/10

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

#Flip2010 - Termografia da Multidão

Trabalho do artista visual Feco Hamburger captou e projetou imagens a partir do calor emitido por objetos e pessoas

A instalação/performance Termografia da Multidão, do fotógrafo e artista visual Feco Hamburger, teve sua estreia durante o show de abertura da Flip, na quarta-feira, dia 4, às 21h. A apresentação tem patrocínio da CPFL Energia, apoio da FLIP e realização da Associação Casa Azul.

Instalada entre a Tenda dos Autógrafos e a Tenda do Telão, a experiência poética do calor e intervenção da arte na cidade é composta de uma câmera térmica, um palco aberto e um grande painel de LED em alta resolução. A câmera térmica (FLIR P-600), fixada em grua de braço telescópio, capta, sob direção do artista, os entornos do palco aberto. Em tempo real, um sistema de projeção online transmite as imagens termográficas para o painel luminoso (LED alta definição), de 6,4x4,8m.

Durante as performances, o artista ficava atento para o fluxo dos acontecimentos e usou a câmera para apontar o inusitado, o simples, o complexo, o acaso, as relações entre o individuo, o coletivo e o espaço. A energia térmica, emitida por todo objeto ou material existente na natureza e percebida pela pele como sensação de calor, não é visível. As imagens termográficas traduzem essa energia invisível dos corpos para cores do nosso espectro visível, para que possamos, afinal, ver o calor. E ao tornar visível o que é invisível, a proposta permitiu uma outra visão da realidade, e assim reverberando a multiplicidade do real.


Composto de dois vetores, o projeto começou com "Entornos", na quarta-feira, dia 04, quando uma intervenção junto ao show de abertura transmitiu, no LED, imagens do show alteradas a partir das imagens termográficas. Depois, foram feitas intervenções diárias, de quinta a domingo, sempre a partir do anoitecer, com hora e tempo indeterminados.


Já o vetor "Encontros" rolou na quinta e na sexta, às 21h, após a última mesa, e no sábado, às 0h, depois da homenagem a Saramago (que não aconteceu na Tenda do Telão como prometido). Neles, o trabalho de Hamburger foi acompanhado pela Cia 8 Nova Dança, sob direção de Lu Favoretto e trilha sonora do músico contemporâneo Zé Nigro. A proposta era celebrar, através das imagens térmicas e da dança, a conexão do indivíduo com o mundo e o poder de transformação dos corpos nas relações.




Fotos:
[1] Feco Hamburguer
[2 e 3] Ludmila Vilarinhos, enviada por Regina Vilarinhos
[4 e 5] Cintia Sibucs

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

#Flip 2010



Oi Gente!

Passada rápida e mortal para dizer que estou indo me afundar em cultura e diversão em Paraty a partir de hoje e fico até domingo. Muita coisa boa me espera por lá e se vc quer conferir a programação completa, é só acessar o site oficial da Flip.

Certamente vcs já devem ter visto nos princiáis noticiários que a Flip deste ano está bombando e o homenageado é o escritor Gilberto Freire . Me despeço deixando aqui um poema dele pra vcs.

Quem quiser acompanhar minhas aventuras, é só acessar @sibucs e @gidamaceno no twitter.

Bjs,
Cintia


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Solidão por escolha

Hoje recebi um email, da minha amiga Giovana Damaceno, com um texto muito bom falando sobre a solidão feminina, que muita gente diz que é de tristeza, falta de companhia masculina, essas coisas tolas. Porque uma mulher que está sozinha não pode estar porque quer?
Resolvi escrever sobre isso porque estou passando por um momento assim. Estou sozinha (sem namorado) desde dezembro e estou bem desse jeito. Não me sinto abandonada, mal amada ou coisa parecida. A minha própria companhia tem sido muito agradável e passo ótimos momentos comigo. Claro, no início da separação foi muito ruim, fiquei mal, mas passou. Ainda tenho saudade, mas nada desesperador. Por conta de erros e passos errados acabamos nos perdendo um do outro e acabou. Uma pena, pois com esse eu certamente me casaria sem pestanejar... rs! Mas isso é assunto para outro post.
Voltando ao título dessa postagem, o amor só vem mesmo pra quem se ama em primeiro lugar. E pra quem ainda não sabe o que é isso, a solidão é uma ótima escola. É com ela que aprendemos a nos entender, a nos ouvir e a saber exatamente o que queremos. 
E vamos ao texto.

Bjs
Cintia
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Solidão contente
O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas
Por: Ivan Martins, editor-executivo de ÉPOCA.


Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas – e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente – e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

“Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.

Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior – com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando – senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Elvis em quadrinhos

Um ícone do rock merecia uma homenagem dessas, não é verdade? Sempre curti as músicas dele desde pequena, pois meu pai tinha um conjunto e eles tocavam muitas músicas dele. Assim, foi um caminho natural eu gostar muito de rock, mpb e músicas de qualidade.
Adorei a ideia e espero poder ter um exemplar nas mãos!
Bjs,
Cintia
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O cantor norte-americano Elvis Presley (1935-1977) é, sem dúvidas, um dos grandes nomes do rock'n'roll de todos os tempos. Com seu topetão, voz grave, passos originais e roupas extravagantes, influenciou toda uma geração, que até hoje ouve suas músicas incansavelmente - seja nas batidas originais ou nas versões remixadas nas baladas. Para homenagear este ícone pop, chega ao mercado brasileiro a biografia em quadrinhos "Elvis" (8Inverso Editora).
Organizada e roteirizada pelos quadrinistas alemães Titus Ackermann e Reinhard Kleist - este último também autor da graphic novel "Johnny Cash - Uma Biografia", de 2009 -, a obra é separada em dez capítulos ilustrados por artistas europeus diferentes, como Nic Klein, Uli Oesterle, Isabel Kreitz e Thomas von Kummant. Já Ackermann faz um trabalho com desenhos que remetem à fotos históricas da iconografia do astro. "Grande parte das impressões causadas pelos estilos gráficos da obra sofre influência direta dos textos ali incluídos", conta Cássio Pantaleoni, diretor-geral da 8Inverso.
As histórias, por sua vez, trazem detalhes de sua conturbada trajetória, incluindo passagens sobre o início do sucesso, a participação em produções de Hollywood e a decadência aos 40 anos, quase desfigurado e no limiar de sua morte.


Publicado na Alemanha em 2007, "Elvis" foi lançado naquele mesmo ano na França e, em abril de 2010, na Holanda. O livro chega às livrarias brasileiras antes mesmo da própria versão em inglês. "Publicar biografias de ícones da música mundial representa a oportunidade de estabelecer um contato direto com diferentes tipos de leitores", diz Pantaleoni.



♦ "Elvis"
Autor: Titus Ackermann e Reinhard Kleist
Editora: 8Inverso
Tradução: Margit Neumann e Michael Korfmann
Páginas: 220
Preço: R$ 63,00


Fonte: Uol Entretenimento

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Metendo o pé na Lama

Um lançamento indispensável pra publicitários, mas uma excelente leitura para os que curtem música e cultura de uma forma geral.
"Metendo o Pé na Lama" traz curiosidades sobre um dos maiores eventos musicais que surgiu no Brasil e hoje já alcançou o mundo: O Rock in Rio. Abaixo selecionei os anúncios do lançamento do livro, muito legais por sinal, e um recado do autor, Cid Castro (publicitário e o criador da marca Rock in Rio Festival).
Espero que curtam!

Bjs
Cintia
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Queridos amigos,

Passados 6 meses do lançamento do meu livro sobre o 1º Rock in Rio, gostaria d agradecer os comentários
q venho recebendo d todos. Divertido é a palavra mais utilizada pela maioria.
E se a voz do povo é realmente a voz de Deus, acho q Ele tbm deve estar dando boas risadas...
Risadas produzem endorfina, o q faz bem p todo o corpo!
Agora só preciso q uma parte muito sensível do meu corpo tbm fique contente: o bolso!
Por isso peço a vcs q enviem para a sua lista d email esses anunciozinhos divulgando o livro, assim ajudarão o autor a unir o útil ao agradável.

Abs a todos
Cid Castro





Quem quiser comprar o livro, é só clicar aqui!

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