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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Grandes Pintores | Piet Mondrian


Hoje apresento pra vcs um pintor genial que nos influencia até hoje, com suas cores, formas e linhas.

Pieter Cornelis Mondrian, mais conhecido como Piet Mondrian, foi um pintor Holandês modernista. Nascido em ambiente rural com clima de fazenda e sítio, Mondrian vem de uma família calvinista extremamente religiosa. O pai, um pastor puritano, deseja que o filho siga a carreira clerical. Assim, a religião marca o jovem Piet e o sentimento metafísico que iria permear sua obra durante toda a vida, em maior ou menor grau.

Tem um tio que trabalha com pintura e por isso acaba se interessando pela carreira artística, mas a família com visão ortodoxa ve na arte um caminho para o pecado (!!!!). Então, Piet decide dar aulas e assim Vê a possibilidade da resolução ao seu dilema: promete ao pai estudar artes para se tornar professor.

O tempo passa e Mondrian sente-se insatisfeito com o magistério, surge a necessidade de se libertar e se estabelecer como pintor, mas tem medo de enfrentar ao pai e a si mesmo - tamanho o peso de sua formação religiosa. Quando entra em contato com a teosofia, acaba encontrando uma resolução para o problema: a doutrina pregava o trilhar de um caminho evolutivo pessoal e a arte se encaixava neste caminho. O contato com a teosofia se manifesta no trabalho de Mondrian e marca sua vida profundamente daí pra frente.

Piet Mondrian começa sua carreira como caminhoneiro ao mesmo tempo que ia praticando a sua pintura. A maior parte do seu trabalho deste período é influenciada pelo naturalismo ou impressionismo. No museu Gemeente, em Haia, estão expostos vários trabalhos deste período, incluindo exemplares pós-impressionistas tais como "O Moinho Vermelho" e "Árvores ao andar".

Moinho Vermelho
A Árvore Vermelha - 1908
A obra acima, "A Árvore Vermelha" (1908), pertence a uma série de pinturas de árvores. A cor vermelha do tronco, o violeta e o vermelho dos ramos, o azul do fundo, permitiu que Mondrian para criasse uma sensação de espaço sem usar os elementos tradicionais da perspectiva. Ele posicionou o tema no centro da pintura e usado apenas duas ou três graduações de cores nas superfícies de grandes dimensões.

Após entrar em contato com a teosofia, Mondrian passa por um breve período simbolista, que será fundamental para que o artista atinja a fase da abstração. Este período costuma-se confundir com a radical abstração que caracterizaria o resto de sua obra. Mondrian também exibe um interesse quase obsessivo pelo jazz – pela identificação de sua alegria contagiante com o ritmo irregular que possui também um fundamento matemático.

Grey Tree - 1912
Stilleben Mit dem Ingwertopf - 1912
Em 1911, visita uma exposição cubista em Amsterdã que o marca profundamente e tem grande influência no seu trabalho posterior. Na obra acima, pode-se observar essa influência, onde o tema é apenas um pretexto para a construção de elementos estruturais horizontais e verticais que começam e terminam em linhas curvas, na construção de uma superfície bi-dimensional. A partir de 1917 até a década de 1940 desenvolve sua grande obra neoplástica.

Composition with Grey and Light Brown - 1918
Essa fase de sua obra, a mais popularmente difundida, se caracteriza por pinturas cujas estruturas são definidas por linhas pretas ortogonais, às quais induzem a percepção a ver profundidade na tela. Essas linhas definem espaços que se relacionam de diferentes modos com os limites da pintura, e que podem ou não serem preenchidos com uma cor primária: amarelo, azul e vermelho, decisão que mostra sua estreita relação com as teorias estéticas da Bauhaus e da Escola de Ulm, e que definem pesos visuais diferentes para esses espaços. O blocos de cor, pintados de modo fosco e distribuidos assimetricamente, reforçam a ideia de um movimento superficial que se estende perpetuamente, indicando que o pintor investia na percepção de sua obra como uma abstração materialista e sem profundidade, criticando a pintura histórica enquanto produzia uma abstração racionalista, espiritualista e sobretudo concreta do mundo.

Composition II in Red, Blue and Yellow - 1930

Composition with Yellow, Blue and Red - 1937
Composition 10 - 1939

Sua obra, muitas vezes copiada, continua a inspirar a arte, o design, a moda e a publicidade que a apropriam como design, sem necessariamente levar em conta sua fundamental e filosófica recusa à imagem.

O seu quadro "Broadway Boogie Woogie", que pode ser visto no Museu de Arte Moderna de São Francisco, pertence à fase posterior ao Neoplasticismo, quando Mondrian se liberta das regras que ele próprio se impôs.

Broadway Boogie Woogie - 1942

Com esta tela grande, Mondrian representa o movimento numa ordem geométrica pulsante. Esta ordem cria uma estrutura espacial com linhas amarelas que são interrompidas pelo o azul, o vermelho, o cinza. Eles dão a impressão de um vapt-vupt rítmico, que mostra o momento vivido nos bairros da "Boogie Woogie" jazz  em NY- que dá nome à pintura. Vermelho, azul, amarelo e superfícies são adicionados à pintura, chegando ao ponto em que ele consegue um equilíbrio total sem o uso de cor preta.

Muitos artistas deram novas representações ao real, mas Mondrian foi além. Ele formulou suas próprias teorias estéticas.

Em suas últimas composições, Mondrian evita qualquer sugestão de reprodução do mundo material, usando linhas pretas verticais e horizontais que delimitam blocos de puro branco, vermelho, amarelo ou azul. Exprime uma concepção, que revelou ser um expoente elevado de harmonia e de beleza.

Nesta procura constante pela harmonia e e pela beleza, Piet Mondrian a encontra a matemática. Ele descobre o famoso número de ouro e com ele chega ao retângulo de ouro. Partilha com Da Vinci a ideia de que a arte deveria ser sinônimo de beleza e movimento contínuo, por isso ambos utilizam o retângulo de ouro. A razão de ouro exprime movimento, pois se  mantém em espiral até ao infinito, e o retângulo de ouro exprime a beleza, pois é uma forma geométrica agradável à vista. Assim, o retângulo de ouro passou a ser presença constante nas suas pinturas.

New York City I - 1942

Piet Mondrian morreu de pneumonia, em fevereiro de 1944 em Nova York. A sua última obra, “Victory Boogie-Woogie”, foi deixada incompleta.





Fonte:
Wikipédia
Site Oficial do Artista
Universidade de Lisboa / Piet Mondrian
Mondrian Chronos

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Tudo Começa num Ponto

Exposição que mostra arte moderna russa de Wassily Kandinsky chega ao Brasil intitulada "Tudo Começa num Ponto".
Mostra chega à Brasília e vai passar ainda por outras três capitais em 2015.
Por: O Globo / Revista Exame


O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro inaugurou a exposição Kandinsky: Tudo Começa num Ponto. A mostra - que já esteve em Brasília e ainda vai percorrer mais duas capitais brasileiras - traz pela primeira vez ao país mais de uma centena de obras e objetos do artista, além de trabalhos de contemporâneos sob suas influências.

Considerado o criador da pintura abstrata, o russo Wassily Kandinsky (1866-1944) teve no impressionismo o seu despertar para a arte. Foi o impacto causado por uma exposição em Moscou, de Claude Monet e outros franceses, em 1895, um dos fatores que levaram o então jovem advogado Wassily a dar uma guinada radical na sua vida. O outro foi ter assistido, no Teatro Bolshoi, a uma apresentação da ópera Lohengrin, de Richard Wagner.

O acervo trazido ao Brasil tem como base a coleção do Museu Estatal Russo, de São Petersburgo, enriquecido com obras de sete museus russos e de colecionadores particulares da Alemanha, Áustria, Inglaterra e França. As referências culturais e espirituais que contribuíram para a transformação artística do pintor, como a arte popular do norte da Sibéria e os rituais xamânicos, também ganham destaque na mostra.
 
“Diferentemente de outras exposições sobre Kandinsky, apresentadas pelo mundo, esta tem a característica de se centrar no surgimento dele como artista e de mostrar o período que vai desde o final do século 19 até às primeiras décadas do século 20”, explica o idealizador e diretor-geral da mostra, Rodolfo de Athayde. “É o período em que Kandinsky passa por um processo de evolução que o leva de um pintor representativo comum até a criação e consolidação da ideia da abstração”, acrescenta.

Os curadores, Evgenia Petrova (também diretora do Museu de São Petersburgo) e Joseph Kiblitsky, organizaram a exposição em cinco blocos. Os segmentos retratam as raízes da obra em relação à cultura popular e o folclore; o universo espiritual do xamanismo no Norte da Rússia; a primeira temporada de Kandinsky na Alemanha e sua experiência com o grupo Der Blaue Reiter (O cavaleiro azul); o diálogo do artista com a música, por meio de sua amizade com o compositor Schonberg e os caminhos abertos pela abstração.

“A exposição, portanto, cobre a etapa que consideramos, do ponto de vista criativo, a mais inquietante e produtiva do artista, que vai até 1922, quando ele parte para o exílio, primeiramente na Alemanha, depois na França”, enfatiza Athayde.

Ausentes dos acervos dos museus brasileiros, as telas de Kandinsky são conhecidas por quem já teve a oportunidade de visitar o Centre Pompidou, em Paris, ou o Guggenheim Museum e o Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York. As obras expostas nessas três instituições são em grande parte das décadas finais do artista, quando vivia afastado da Rússia natal, o que não ocorre na mostra que percorre os CCBBs.


“São obras raramente vistas no mundo ocidental, dispersas em acervos de museus russos, alguns muito distantes dos outros, e obras de coleções particulares que não são comuns de serem expostas. É um acervo único que, provavelmente, nunca mais voltará a estar junto como fizemos aqui”, frisa o idealizador da exposição.

Kandinsky chegou a colaborar com o governo revolucionário russo, de 1918 a 1921. No entanto, a imposição do realismo socialista como estética oficial do regime fez com que ele deixasse de vez o país, e por muitos anos suas obras foram banidas dos museus da então União Soviética.

Na Alemanha, ele participou da Bauhaus, escola vanguardista de artes plásticas, arquitetura e design que acabou sendo fechada com a ascensão de Adolf Hitler. Incluído pelos nazistas na lista dos artistas considerados “degenerados”, ele partiu para o seu derradeiro exílio, em Paris, onde viveu até a morte, em 1944.

De acordo com Athayde, a experiência adquirida em outras exposições que ele vivenciou no circuito do CCBB, como Virada Russa (2009) e Arte do Islã (2010), ajudou na logística de trazer as obras de Kandinsky para o Brasil. “É um acervo caro, que tem que ser trabalhado com muito cuidado. A negociação levou tempo, mas conseguimos que esse acervo permaneça um ano itinerando pelo Brasil. Isto é uma coisa pouco comum em empréstimos de obras. Os museus raramente permitem que suas obras fiquem mais de seis meses fora dos locais de origem”, destaca.

Do Rio, a exposição irá para o CCBB de Belo Horizonte, para visitação pública de 15 de abril a 22 de junho. De lá seguirá para São Paulo, com visitação agendade entre 19 de julho a 28 de setembro. A visitação no CCBB do Rio é de quarta-feira a segunda, das 9h às 21h, com entrada grátis.



Maiores informações neste LINK.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Leonardo da Vinci no Brasil

 Mostra de Leonardo da Vinci chega ao Brasil e fica até maio na Paulista
Exposição traz reprodução de mais de 40 objetos históricos do artista. Obras ficarão expostas no Centro Cultural Fiesp, na Av. Paulista em SP.
Em: 11/11/2014
Por: G1 São Paulo


A exposição "Leonardo da Vinci, a natureza da invenção" chega ao Brasil e tem sua estreia ao público nesta terça-feira (11), em São Paulo. São mais de 40 objetos reproduzidos a partir de desenhos históricos do artista. O público poderá conferir, gratuitamente, a mostra até o dia 10 de maio de 2015 no Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista.

 O material faz parte do acervo do Museo Nazionale della Scienza e della Tecnologia Leonardo da Vinci (MUST), de Milão, na Itália. Os projetos foram produzidos por pesquisadores e engenheiros, em 1952, para a celebração do 'aniversário de 500 anos' de Leonardo da Vinci, que nasceu em 1452.


São máquinas, desenhos, projetos e esboços de da Vinci. A exposição foi feita a partir do método de trabalho do artista. O objetivo, segundo o curador da exposição, é "renovar a percepção sobre sua atuação como engenheiro e pensador, explicando a importância de seu legado no contexto histórico e social da época".

O público vai poder conferir estudos de da Vinci sobre o automóvel, avião, submarino, bicicleta, tanque de guerra e mecanismos do relógio, por exemplo.

Antes do Brasil, a mostra já passou por Paris e Munique e segue para Londres após a exposição na Paulista.


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"Leonardo da Vinci, a Natureza da Invenção"
Onde: Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso - Avenida Paulista, 1.313.
Quando: de 11 de novembro de 2014 a 10 de maio de 2015, das 10h às 20h.
Quanto: Entrada gratuita e com classificação indicativa livre

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dalí no CCBB

 
Pinturas, gravuras, documentos, fotografias e ilustrações vindas das principais instituições colecionadoras do artista.
 
Não deixe de visitar a biblioteca, no 5º andar. Tem uma exposição com várias publicações de Salvador Dalí. E muita curiosidade sobre este artista surreal!

No CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, de 30 de maio a 22 de setembro. Entrada franca, de Qua a Seg, das 9h às 21h.



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Das telas para o palco

Acrobacias para Salvador Dalí
Trupe internacional apresenta espetáculo baseado na obra do pintor catalão
Em: Jun/2013
Por: Scientific American Mente Cérebro


Uma imensa tela de quase 10 metros de altura, pintada por Salvador Dalí nos anos 40 e desaparecida por várias décadas, foi a inspiração para La veritá, espetáculo da companhia suíça de teatro e dança Finzi Pasca, que conta de forma poética a trajetória do artista catalão, um dos nomes mais importantes do surrealismo, movimento artístico do século 20 influenciado pelas ideias de Sigmund Freud sobre o inconsciente e marcado pela tentativa de retratar aspectos ocultos da mente.


A obra original faz parte do cenário da apresentação, que mescla técnicas circenses, balé e teatro. Segundo o criador da companhia, Daniele Finzi Pasca, as imagens de Dalí pertencem à dimensão dos sonhos – não é possível distinguir se é noite ou dia ou o que é real ou imaginário. “A linguagem dos acrobatas, que não ficam nem no chão, nem no ar, fala ao nosso inconsciente. Na verdade, nossas paisagens internas parecem mais verdadeiras que a realidade”, diz. A companhia fará turnê por várias capitais. Em junho, se apresentará em Porto Alegre e Curitiba. Em julho e agosto, passa por Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.


"La veritá"
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Onde: Em Curitiba, no Centro Cultural Teatro Guaíra - Rua XV de Novembro, 971, Centro
Quando: De 13 a 23 de junho, de quinta a sábado, às 21h, domingos, às 20h.
Quanto: De R$70 a R$180
Info: 41 | 3304 7900 • Em julho, a companhia segue para Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. Em agosto, para São Paulo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Paul Gauguin


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Tomie Ohtake - Correspondências

Uma das grandes artistas no cenário artístico e cultural brasileiro completa 100 anos em novembro com exposições.
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Tomie Ohtake relembra sua trajetória e celebra seu centenário com exposição em São Paulo
Uma das maiores pintoras do Brasil, ela iniciou a carreira aos 40 anos após ter criado cinco filhos
Em: 03/02/2013
Por: Audrey Furlaneto para O Globo / Cultura



SÃO PAULO - Desde que trocou o Japão pelo Brasil, Tomie Ohtake nunca aprendeu a pronunciar a letra “l”. Há 77 anos no país e consagrada como uma das maiores pintoras brasileiras, para ela, galeria ainda é “gareria” e tela vira “tera”. Às vésperas de iniciar as celebrações de seus 100 anos (dia 21 de novembro), ela ri do próprio sotaque:

— Nunca “aprendeu” a falar português. Agora não “aprende” mais, né?

Mas Tomie fala com parcimônia. Como sua obra, ela é rigorosa, suave e de poucos elementos. Se um poema haikai trata do mundo em 17 sílabas, afirma, por que ela deveria usar mais?

Sua carreira, que se iniciou aos 40 anos (só após ter criado os filhos), começa a ser revista a partir desta semana. Abrindo os festejos do centenário, o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, inaugura na quarta-feira a primeira de uma série de mostras que serão dedicadas à artista até novembro. “Tomie Ohtake - Correspondências” relaciona suas obras com as de Mira Schendel, Cildo Meireles e Nuno Ramos, entre outros. E, no dia 23, a galeria Nara Roesler, também em São Paulo, exibe telas recentes da artista, de 2012 e 2013.

— Agora só se fala em centenário — ela diz, sorrindo. — É engraçado. Nunca senti os anos...

À cabeceira de uma mesa de concreto na casa modernista que o filho Ruy Ohtake projetou há 44 anos no bairro Campo Belo, em São Paulo, a artista recebe O GLOBO com um almoço à brasileira, servido em louças de delicada cerâmica (presente e obra de sua melhor amiga, a ceramista Kimi Nii), com talheres do designer finlandês Arne Jacobsen que, vaidosa, Tomie conta ter ganhado do filho Ruy nos anos 1970. À mesa, estão arroz, purê de batata-baroa, carne de panela com legumes - E tem saladinha, né? - diz.

Quando se trata de Tomie, os críticos de arte dizem que vida e obra estão “amalgamados”. A casa, de fato, parece o centro de tudo. Lá está seu ateliê, onde ela mandou instalar uma cama, de solteiro, ao lado das telas — “assim, já fica olhando quando acorda”.

E a sala de jantar não é só um ambiente a mais. Para Tomie, o “dia mais contente” é domingo, quando a mesa fica cheia. Há 30 anos, ela espera à cabeceira pela chegada dos filhos — Ruy, 75 anos, e Ricardo, 70, diretor do Instituto Tomie Ohtake — da nora Marcy (casada com Ricardo e também sua assessora de imprensa) e dos dois netos, Rodrigo, 28 anos, e Elisa, 32.

Durante a semana, Tomie almoça sozinha, sempre às 13h. Tem a disciplina dos orientais. Acorda às 8h, toma banho, aplica um creme antirrugas e senta-se, às 9h, para o café. Três vezes na semana vai ao ateliê, onde um assistente a aguarda. Às terças e quintas, faz fisioterapia e, uma vez por semana, recebe a cabeleireira do bairro, que mantém seu corte rigorosamente na altura do queixo e os fios pintados de preto. Também costuma vestir-se de preto. Guarda as cores para as telas.

Quando desembarcou do navio que a trouxe, após 40 dias de viagem, de Kioto para São Paulo, a primeira sensação que teve foi relacionada a uma cor.

— Brasil tem sol muito claro. Quando saí do navio, olhei para o céu e senti cheiro de amarelo. Ali, gostei do Brasil.


Tomie chegou ao Brasil Nakakubo, sem o sobrenome Ohtake. Veio acompanhada do irmão em 1936. Algum tempo depois, estourou a Guerra do Pacífico, e o irmão voltou. Morreu lutando. Mas Tomie tinha outro irmão em São Paulo, que mantinha um laboratório em sociedade com Oshio Ohtake, “esse moço muito boa pessoa e muito bonito”, diz ela, sorridente.

Em um mês no país, aos 23 anos, ela se casou com Oshio.

— Minha mãe pediu uma fotografia do casamento. Não acreditava! Tive que botar vestido para a foto — diverte-se.

Um ano depois do casamento, nasceu Ruy. A família Ohtake, então, mudou-se para o Rio, onde Tomie desfrutou do mar, de que tanto gosta:

— Pegava a barca e ia nadar em Niterói, porque a praia era muito bonita!

Recém-casada, a jovem Tomie se fez a pergunta: “Família é mais importante que trabalho?”. Já tinha apreço pela pintura e, no Japão, comprava catálogos e desenhava. Mas a decisão de priorizar a família a manteve distante dos pincéis até os 40 anos, quando encontrou o artista Keisuke Sugano. Ele dava aulas a Tomie e outros japoneses. Pedia aos alunos que pintassem uma flor, por exemplo. Ao fim, criticava as pinturas. A de Tomie, no primeiro dia, foi eleita a melhor. Começava ali uma carreira que nasceu figurativa e tornou-se abstrata. Dez meses depois, ela já exibia telas no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Em 1951, com o filho Ricardo já nascido, voltou ao Japão. Sentia saudade da mãe, Kimi. Passaram o dia conversando e, entre um diálogo e outro, conta, a mãe suspirou e morreu.

— Meu irmão colocou a mão no pulso dela e disse: “Ih, parou!”. Às vezes tenho saudade, mas já estou acostumada. A única coisa que pode me deixar muito triste hoje é a morte de um filho. Se um filho morre antes de mim, eu morro.

Depois da pintura abstrata dos anos 60, Tomie se aventurou pelas gravuras nos anos 70. Em 1977, ficou viúva de Oshio Ohtake e não voltou a se casar. Na década seguinte, sua obra foi marcada por cores contrastantes e intensas, talvez inspirada em Mark Rothko, seu pintor preferido. Foi também nos anos 1980 que floresceu sua produção de esculturas, muitas delas públicas, como a “Estrela-do-mar” (1985), instalada na Lagoa, no Rio, que gerou polêmica, foi removida para manutenção em 1990 e nunca voltou. [Procurei essa imagem no Google e no site T.O. Inst. e não encontrei!]


Na casa onde vive, fez o paisagismo com mudas que ganhou de Burle Marx. Ao lado das plantas e da piscina, estão esculturas suas. Todos os dias, ela alimenta os pássaros no jardim, vizinho a seu ateliê.

Antes de passar por uma cirurgia na coluna aos 93 anos, Tomie era assídua de exposições. No ano passado, teve pneumonia, caiu doente e “a perna ficou muito fraquinha, né?”. Passou a usar cadeira de rodas e não vai mais a vernissages. Mas lê quase todos os (muitos) catálogos que recebe. Leitura é sua distração. Não gosta de cinema ou TV, porém não dispensa jornais, incluindo o “São Paulo Shimbun”, em japonês.

Sobre arte contemporânea, não se sente muito tocada pelo que vê. Gosta de Regina Silveira, Tunga e Adriana Varejão. Arte, diz, é para ser sentida.



O curador Paulo Herkenhoff costuma dizer que “não há pintura brasileira sem Tomie Ohtake”. Para o crítico Frederico Morais, ela soube equilibrar a tradição japonesa e a vivência no Brasil. Tomie criou algo muito particular entre os artistas nipo-brasileiros, afirma ele, ao combinar o informalismo dos anos 1950 com o “desejo de organizar” o informal.

— A arte de Tomie nunca foi muito expansiva, excessivamente lírica. É contida, nipônica. A pintura dela é como ela mesma: de poucas palavras.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Viradão Impressionista :: 27 e 28 de out


Devido ao grande público, tem VIRADÃO Impressionista neste final de semana!
A exposição vai ficar aberta a partir deste sábado, dia 27/10, das 9h até domingo, dia 28/10, às 21h.
E o melhor... entrada franca! Não dá pra perder, heim?


Via: Impressionismo - Paris e a Modernidade (on facebook)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Expo - Impressionismo: Paris e a Modernidade


Conheça uma das 85 obras do acervo do Museu d’Orsay, que chegam ao CCBB Rio de Janeiro em outubro. A exposição está em cartaz no CCBB São Paulo até o dia 7 de outubro e depois parte para o Rio de Janeiro.
Estou esperando ansiosa, ver essas obras de perto é uma oportunidade rara!

"Impressionismo: Paris e a Modernidade"
CCBB Rio de Janeiro: 22 de outubro/2012 a 13 de janeiro/2013


Pierre-Auguste Renoir - 'Jeunes filles au piano' (1892) 

A obra retrata uma situação comum à época, quando as moças de famílias bem situadas economicamente aprendiam falar francês e tocar piano. Tais habilidades demonstravam a boa educação feminina recebida, bem como caracterizava uma posição social distinta e privilegiada.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Miró

Estúdio de Joan Miró, Mallorca, Espanha.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Leonardo da Vinci | Grandes Pintores


Um quadro (acima) atribuído a Leonardo da Vinci, que se pensava estar perdido, foi descoberto numa coleção privada nos Estados Unidos e vai ser exibido em novembro numa exposição sobre o artista renascentista na National Gallery, em Londres.

A descoberta da autenticação da obra - com o título "Salvator Mundi" e que representa a figura de Cristo - foi noticiada esta semana nos jornais britânicos citando um comunicado do museu sobre a decisão de incluir a obra na exposição sobre o pintor renascentista. A obra teria sido mostrada ao diretor do museu, a curadores e especialistas antes de ser sujeita a um trabalho de restauro que ficou concluído no ano passado.

A exposição intitula-se "Leonardo da Vinci: Painter of the Court of Milan" e estará aberta entre 09 de novembro de 2011 e 09 de fevereiro de 2012, constituindo, segundo a entidade, uma oportunidade para ser comparada com outros trabalhos do artista.

Na mostra irão figurar, entre outras, as obras "La Belle Ferronière", proveniente do Museu do Louvre, em Paris, a "Madonna Litta", do Hermitage, em São Petersburgo, e "Saint Jerome", da Pinacoteca do Vaticano, em Roma.

Os especialistas consideram que a pintura apresenta nitidamente o estilo de execução de Leonardo da Vinci e não dos seus seguidores e alunos.

Leonardo da Vinci além de grande pintor do Renascimento, também exerceu outras atividades no meio artístico como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico! Ufa! Muitas atribuições que só podem vir de um gênio, né? Além disso, da Vinci ainda ficou conhecido como o precursor da aviação e da balística. Frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção.

Além de todas essas façanhas, ele é considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido. Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance dos interesses de Leonardo da Vinci não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] um tanto misterioso e distante.

Leonardo era, como é até hoje, muito conhecido principalmente como pintor. Duas de suas obras, a "Mona Lisa" e "A Última Ceia", estão entre as pinturas mais famosas do mundo, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à "Criação de Adão", de Michelângelo.

Mona Lisa (1503 - 1507 - Louvre)
O desenho do "Homem Vitruviano", feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural, e foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até em camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes - e frequentemente desastrosas - com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica ( ! ). Essas poucas obras, se juntam com seus cadernos de anotações - que contêm desenhos, diagramas científicos e seus pensamentos sobre a natureza da pintura - e que completam o acervo de da Vinci.

Estudo de um Cavalos (de um dos diários de Leonardo) - Castelo de Windsor
Leonardo é também reverenciado por sua engenhosidade tecnológica. Concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações e uma teoria rudimentar das placas tectônicas. Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído durante sua vida (muitos nem mesmo eram realizáveis), mas algumas de suas invenções menores, como uma bobina automática e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram sem crédito algum para o mundo da indústria. Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica. Num estudo realizado em 1926 seu QI foi estimado em cerca de 180.

Enfim, Leonardo da Vinci é considerado por vários, o maior gênio da história, devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas.



Leonardo pintou "A Última Ceia", um incrível trabalho, o mais sereno e distante do mundo temporal, durante anos caracterizado por conflitos armados, intrigas, preocupações e emergências. Ele a declarou como concluída, embora eternamente insatisfeito, e continuou trabalhando nela. Foi exposta a vista de todos e contemplada por muitos. Desde então ele foi considerado sem discussão como um dos primeiros mestres da Itália, senão o primeiro. Os artistas vinham de muito longe, para, no refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie, analisar cuidadosamente a pintura, copiando-a e discutindo-a. O rei da França, ao chegar em Milão, acariciou a ideia impossível de remover o afresco da parede para levar para o seu país. Durante a sua realização inúmeras lendas foram tecidas em torno do mestre e seu trabalho.

"As mãos e os braços, em todas as suas ações, 
devem exibir a intenção da mente que os move, 
até quando for possível, porque, por meio deles, 
quem tiver um bom julgamento mostrará intenções 
mentais em todos os seus movimentos"

Leonardo da Vinci


Fonte:
- Foto e matéria sobre a obra descoberta: DN Artes
- Pesquisa sobre a vida de da Vinci: Wikipédia, Itaú Cultural, Museu do Louvre.
Fotos: Wikipédia
Links relacionados no blog: Leonardo da Vinci

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Grandes Pintores | Cândido Portinari

Hoje eu trouxe um grande artista brasileiro para ilustrar esse blog. Estou falando de Cândido Portinari, muito conhecido meu e de vcs também, certamente!

"Meu Primeiro Trabalho" - 1921

Cândido Portinari nasce em Brodósqui, SP, em 1903 e morre no Rio de Janeiro, 1962. Passa a infância numa fazenda de café do interior do Estado de São Paulo, cidade pequena com pouco mais do que uma parada para o trem carregar o café, e assim descrita pelo pintor: “...pequenininha, duzentas casas brancas de um andar, no alto de um morro espiando para todos os lugares... Lugar arenoso no meio da terra roxa cafeeira. Imenso céu azul circula o areal. Milhares de brancas nuvens viajam”.

"O Mestiço" - 1934

Observador, o menino Candinho impressiona-se com os pés dos lavradores das fazendas de café: “Pés disformes. Pés que podem contar uma história. Pés semelhantes aos mapas, com montes e vales, vincos como rios. Quantas vezes, nas festas e bailes, no terreiro, que era oitenta centímetros mais alto do que o chão, os pés ficavam expostos e era divertimento de muitos apagar a brasa do cigarro nas brechas dos calcanhares sem que a pessoa sentisse” – ele relembra num relato autobiográfico escrito poucos anos antes de sua morte.

"O Lavrador de Café" - 1934

Grande pintor, gravador, ilustrador e professor. Inicia-se na pintura em meados da década de 1910, auxiliando na decoração da Igreja Matriz de Brodósqui. Em 1918, muda-se para o Rio de Janeiro e, no ano seguinte, ingressa no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, na qual cursa desenho figurativo com Lucílio de Albuquerque e pintura com Rodolfo Amoedo, Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland.

Em 1929, viaja para a Europa com o prêmio de viagem ao exterior, e percorre vários países durante dois anos. Em 1935, recebe prêmio do Carnegie Institute de Pittsburgh pela pintura da obra "Café" (1935), tornando-se o primeiro modernista brasileiro premiado no exterior. No mesmo ano, é convidado a lecionar pintura mural e de cavalete no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal, quando tem como alunos Burle Marx e Edith Behring, entre outros.

"Café" - 1935

Em 1936, realiza seu primeiro mural, que integra o Monumento Rodoviário da Estrada Rio-São Paulo. Em seguida, convidado pelo ministro Gustavo Capanema pinta vários painéis para o novo prédio do Ministério da Educação e Cultura - MEC (1936-1938), com temas dos ciclos econômicos do Brasil, propostos pelo ministro. Em 1940, após exposição itinerante pelos Estados Unidos, a Universidade de Chicago publica o primeiro livro a seu respeito, "Portinari: His Life and Art", com introdução de Rockwell Kent.

Em 1941, pinta os painéis para a Biblioteca do Congresso em Washington D.C. com temas da história do Brasil, descobrimento, desbravamento da mata, catequese e descoberta do ouro. Filiado ao Partido Comunista Brasileiro, PCB, candidata-se a deputado, em 1945, e a senador, em 1947, mas não se elege. Em 1946, recebe a Legião de Honra do governo francês. Em 1956, com a inauguração dos painéis "Guerra e Paz" na sede da ONU, em Nova York, recebe o prêmio Guggenheim.

"Retirantes" - 1936

Ilustra vários livros, como "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "O Alienista", de Machado de Assis, entre outros. Em 1958, inicia um livro de poemas - editado por José Olympio em 1964 -, com textos introdutórios de Antônio Callado e Manuel Bandeira.

Em 1979, seu filho João Candido Portinari implanta o Projeto Portinari que reúne um vasto acervo documental sobre a obra, a vida e a época do artista, no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ.

"Jangadas do Nordeste" (painel da Feira de Nova York), ca. - 1939

"Descobrimento" (mural da Biblioteca do Congresso em Washington)  - 1941


Fonte: Itaú Cultural

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Tela misteriosa pode ser de Picasso

Eu adoro Picasso, ne?
Hehehe!
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Cientistas investigam possível quadro de Picasso
Pintura a oléo da década de 1930 pode retratar irmã do artista morta na infância
Por: EFE | 05/06/2011


Um grupo de pesquisadores de espectroscopia Raman da Universidade Politécnica da Catalunha (UPC) investiga o que poderia ser um novo óleo feito por Pablo Picasso quando jovem, um retrato da irmã caçula do pintor, obra de propriedade de uma família andaluza.
De acordo com o jornal espanhol "La Vanguardia", os primeiros dados da investigação indicam que a pintura, com o título provisório de "La Niña", poderia ser um retrato da irmã do artista, morta vítima de difteria em 1895.

A proprietária do quadro, uma família da província de Málaga (na Andaluzia, sul da Espanha), decidiu investigar se a obra é autêntica e encomendou um relatório a uma empresa encubada no UPC há dois anos.

Primeiramente, o quadro foi submetido à espectroscopia laser. O diagnóstico indicou que os pigmentos de azul e branco de titânio e outros achados haviam sido feitos nos anos 30.

Nessa época, era impossível que Picasso tivesse pintado a obra com esse estilo, mas a surpresa ocorreu ao submeter o quadro a uma refletometria de infravermelho. Foi possível constatar que debaixo da pintura havia outra, com importantes diferenças no rosto da menina retratada.

Os analistas sugeriram a restauração do quadro. A nova paleta de pigmentos encontrada não deixa dúvidas de que a obra data do fim do século 19 início do século 20 e coincidem com feitos por Picasso em suas primeiras pinturas.

Agora falta datar o quadro. Especialistas na obra do artista espanhol deverão confirmar a descoberta e a paternidade definitiva da obra.

Fonte: Ig Último Segundo
Dica: Giovana Damaceno

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Leilão de arte Impressionista e Moderna

Picasso foi mesmo um gênio, não?!
Já falei um pouco sobre a vida desse grande ícone da arte mundial aqui.
Aliás, todos esses leiloados aí merecem tamanho sucesso!

Beijos
Cintia
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Sotheby's arrecada mais de US$ 50 milhões com 8 quadros de Picasso
Leilão ocorreu em Nova York. Obra mais cara representou amante e foi arrematada por US$ 21,3 milhões
04/05/2011
Da EFE


A casa de leilões Sotheby's arrecadou mais de US$ 50 milhões nesta terça-feira (3), em Nova York, com a venda de oito quadros do pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973).

A obra mais cara da jornada foi o quadro "Femmes lisant (Deux Personnages)", inspirado em Marie-Thérése Walter, amante e musa de Picasso, que saiu por US$ 21.362.500. O quadro, pintado em 1934, representa Marie-Thérése lendo um livro acompanhada de sua irmã.

No mesmo leilão, foram negociadas obras de diversos períodos artísticos do pintor espanhol, algumas das quais superaram as previsões dos responsáveis da Sotheby's, como o retrato surrealista "Femme" (1930), vendido por US$ 7.922.500, embora estivesse avaliado entre US$ 3 milhões e US$ 5 milhões.

O quadro, que a firma qualificou como "uma das mais destacadas imagens surrealistas de Picasso", é uma "aterrorizante" evocação da primeira esposa do artista, a dançarina Olga Khokhlova (1891-1954).


Outro retrato assinado por Picasso também cativou os compradores nesta terça-feira: "Fillette aux nattes et au chapeau vert" (1956) [acima], que representa Paloma, uma das filhas do artista, saiu por US$ 5.906.500.

Também de Picasso, "Couple á la guitare" (1970), que mostra dois amantes entrelaçados, foi arrematado por US$ 9.602.500, enquanto outras duas peças do artista espanhol que foram colocados à venda em Nova York, "Femme nue assise contre une draperie" (1922) e "Vue d'une fenetre" (1929), não encontraram compradores.


No leilão, foi arrematada por US$ 11.282.500 uma escultura em madeira do artista francês Paul Gauguin, "Jeunne Tahitienne" [acima].

Entre as obras de destacados autores surrealistas, foi vendido um retrato da empresária Helena Rubinstein (1870-1965) pintado pelo artista espanhol Salvador Dalí (1904-1989) por US$ 2.658.500.

Com este leilão dedicada à arte impressionista e moderna, a Sotheby's inaugurou a temporada de grandes leilões de primavera em Nova York, que seguirá nesta quarta-feira (4) com a venda organizada por sua concorrente Christie's.

Uma das principais obras do leilão será outro quadro de Picasso, "Les femmes d'Alger, version L" (1955), com o qual a casa espera arrecadar entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões.

Funcionária da Christie's em Nova York segura obra de Monet,
"Les Peupliers" (4/5/2011) - Foto: Luke MacGregor/Reuters
O impressionista Claude Monet (1840-1926) se destaca no leilão com duas obras: "Les peupliers" (1891) [acima], que parte com preço entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões, e "Iris mauves" (1914-17), avaliado entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões.

Fonte: G1 Pop e Arte

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O moderno e a antiguidade

Renascimento moderno, ou o Clacissismo em versão pop
Artes e ideias
Por Diana Ribeiro, em 3 abr 2011
Via: Obvious

Orlando Bloom, by PSHoudini.

O conhecido site de manipulação e transformação de imagens Worth 1000 apresenta uma nova galeria de fotografias inspirada na pintura renascentista. O desafio foi lançado para vários artistas digitais, com o objetivo de substituir os modelos da antiguidade por celebridades e personalidades da cultura popular atual.

"Modern Renaissance” é um dos projetos de Worth 1000. O site, mundialmente conhecido pela originalidade e ousadia com que apresenta as suas imagens, lançou há vários meses este desafio.

Com a ajuda do programa Photoshop, através do qual se podem realizar manipulações incríveis em qualquer fotografia, vários artistas foram desafiados a usar a imagem de uma celebridade atual em pinturas renascentistas. Ao todo, participaram mais de 60 profissionais, cujo trabalho final resultou numa reinvenção de famosos quadros entre o século XIII e XVII.


Penelope Cruz, by Mandrak.

 O movimento Renascentista, que surgiu na região da Toscana (Itália) e que pretendia recuperar a cultura e os ideais clássicos, trouxe não só a criação de extraordinárias obras de arte em várias áreas, como o desenvolvimento de novas técnicas e capacidades por parte dos artistas. Foi nesta época que se afirmaram pintores como Leonardo DaVinci, Rafael, Sandro Boticelli, Pierro della Francesca ou Michelangelo. E foi com algumas das suas mais famosas pinturas que, neste projeto, o moderno se juntou à antiguidade.

Aqui não há mistérios sobre quem será a verdadeira Mona Lisa: a atriz Demi Moore foi quem inspirou Mandrak nesta adaptação. “A dama do arminho”, ou melhor, Cecilia Gallerani, modelo do retrato de DaVinci, foi substituída por Amy Winehouse. Esta talvez seja uma das raras ocasiões em que vemos a cantora "tão composta".


George Clooney encarnou, pelas mãos de Kat Stevens, o retrato do Papa Inocêncio X, de Diego Velazquez (acima). Jennifer Love Hewitt tomou o lugar de Scarlett Johannson, que por sua vez já tinha sido no cinema a “Rapariga com brinco de pérola” de Vermmeer. O ator Jim Carey assumiu a figura central de “A criação de Adão”, de Michelangelo, e o cantor Jim Morrison a de “Cristo Abençoador”, de Rafael. Dê uma olhada no site, onde poderá ver muitas outras versões deste e de outros projetos sensacionais.


Johnny Deep, por Steve RS.

Keanu Reeves representa o Deus Baco -  tela originalmente pintada por Caravaggio.

Aqui, a Mona Lisa é Demi Moore. E ponto final.
No site, vc poderá ver outras celebridades devidamente aplicadas em famosas obras que valem uma espiada.  Silvester Stallone, Madonna, Ben Afleck, Bruce Willis, Angelina Jolie entre outros. Acesse aqui e divirta-se!!!!

Amy Winehouse encarna a "Dama com Arminho" de Leonardo daVinci.

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