Domingo ensolarado, almoço na casa da Vó!
Pai, mãe, irmã, tia, vó, primo tio e tia. Que delícia, todos sentados à mesa, conversando animadamente, discutindo coisas simples da vida.
De repente, diante de tão saborosa refeição – espaguete ao alho e óleo e bife à milanesa (pedido da minha irmã), frango cozido e vagem com ovos (esse em minha homenagem...), arroz e salada de folhas regadas com molho de ervas, alecrin e lâminas de alho – surge uma conversa mais deliciosa ainda... cada mulher da família e seu prato inesquecível.
Meu pai manda logo “nunca mais comi um folheado como o da minha mãe!” e minha mãe logo emenda “realmente, ninguém conseguia fazer aquele folheado, só ela tinha a mão para fazer aquilo! E ainda abria a massa com cabo de vassoura! Ficava aquela massa finíssima...” Realmente, não adiantava nem pedir a receita pois minha vó logo dizia “ah minha filha, é só colocar um ‘pouco’ de farinha de trigo, um ‘pouco’ de manteiga, olha só como eu faço...” e tentavam anotar cada coisa que ela fazia, mas qual o quê! Nunca ficava igual! Só ela tinha a magia de mexer aquela massa tão delicada. Eu, sinceramente, não me lembro bem daquele folheado, mas de tanto meu pai e todos os irmãos falarem acabo ficando com água na boca!
Voltando ao bate papo do dia, minha irmã emenda: “Não! Bom mesmo é o tutu da Tia Mariléa!” Esta, presente à mesa, fica encabulada: “O que é isso! Meu tutu é normal!” Como se fosse normal fazer aquele tutu deliciosamente cremoso e coberto com rodelas de linguiça calabresa douradas na frigideira com um fio de óleo acompanhadas por pequenas rodelas de ovos cozidos!
Daí, fomos citando os pratos de cada uma: o Músculo com Batatas da minha mãe, o Strogonoff da minha irmã (lotado de creme de leite), o Nhoque da minha prima Roseli (ela faz à mão e coloca queijo ralado na massa, fica de chorar...), a Pavê Sonho de Valsa da minha Tia Sônia (que ela faz todo Natal e sempre que a gente pede, e coloca o dobro de bombons!), os Ovos Nevados da Vó Hilda, o Torresmo e o Feijão Amigo da Patrícia, a minha Torta Alemã (essa ai foi minha irmã quem disse...), ufa!
Cada uma com sua particularidade e olha que agora escrevendo acabei de me lembrar dos Bolinhos de Alface da minha Vó, nunca comi em lugar algum! São leves e saborosos, muito interessantes. Tem também a Picanha ao Alho que minha irmã aprendeu e prepara magistralmente, selando os bifes altos no azeite...
Cozinhar é realmente uma arte e cada uma tem a sua magia, a sua arte de “mexer o caldeirão” para dar vida aos ingredientes colocados com cuidado um a um e, principalmente, com paciência e amor. Cada prato fica em nossa memória como uma lembrança que nos foi deixada e sempre que nos depararmos diante de tal “experimento” – ou se preferirem, diante de tal prato delicioso – nos lembraremos de um toque de mãos que apenas uma determinada pessoa conseguia dar para criar aquela sensação de prazer e bem estar que sentimos ao levamos à boca tamanho prazer!
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Cíntia Sibucs
09/01/2006
MEMÓRIA PRIMOROSA
Há 5 dias
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Oi, Cíntia, é realmente cozinhar bem é uma verdadeira arte. A arte da união das famílias e dos amigos em torno de uma boa mesa. Se você não assistiu, vai uma sugestão. O filme "Julie e Júlia" traz cenas intercaladas das histórias reais de duas mulheres separadas pelo tempo e espaço mas com algo em comum: as deliciosas receitas e arte do cozinhar! E isso transforma suas vidas. É bem interessante. Gostamos. Então é a dica para você. Tenha uma boa noite e uns bons quitutes..hehe!!]
Um abraço,
Suziley.
vc ainda não comeu a lazanha da minha mãe!!! SHSHASU qndo comer vai por na lista xD a tia paty AMAAAAAAAAA hehe bjos
Oi Suziley, deve ser mesmo lindo e muito interessante esse filme vou tentar assistir!
Obrigada pela visita.
bjs
cintia
Ah é Yuri??? Então fala pra ela fazer e me convidarrrrrr!
Agora fiquei aguadaaaa! Hahaha!
>.<
bjss
cintia
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