quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Malba 10 anos

Já tive o prazer de visitar esse museu, em Buenos Aires, e posso dizer que vale muito a pena conhecer. O lugar é lindo, a arquitetura deslumbrante e as obras sempre são uma festa pros olhos e pros sentidos.
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Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires comemora dez anos
Em comemoração à data, mostra reúne obras de peso. Entre as principais, está Abapuru, de Tarsila do Amaral, símbolo do movimento antropofágico.
28/09/2011
Por: Délis Ortiz, Buenos Aires.


Fachada do Malba
Interior do Malba
Para celebrar os dez anos de existência, o Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires) montou uma retrospectiva das últimas dez décadas de arte na região. Entre as 500 obras da mostra, estão telas de Diego Rivera, Frida Kahlo, Cândido Portinari e Tarsila do Amaral.

No princípio, o Malba era o acervo de um dono só, mas ele decidiu dividir seu tesouro com todo mundo. Com a ajuda de amigos do museu, doações e patrocínios, hoje o museu tem mais de 500 obras, o dobro de quando começou. Sem contar as exposições temporárias, como a do venezuelano Carlos Cruz-Diez, o artista que explora a cor, mas não usa tinta. Para ver sua obra é preciso fazer movimentos e, assim, descobrir as cores, como se fossem vivas, seguindo a dinâmica do tempo e do espaço. No verão tropical, por exemplo, faz muito calor e se cria o fenômeno da difração. Ao cair do sol, tudo fica vermelho, laranja, intenso.

Carlos Cruz-Diez
É a diversidade cultural de nossa América pintada, esculpida, desenhada, colada e fotografada. A retrospectiva montada começa pelos movimentos de modernismo e vanguarda, com obras do peso de Abapuru (abaixo), de Tarsila do Amaral, símbolo do movimento antropofágico.


Outra marca brasileira, Festa de São João, de Cândido Portinari, também está lá. E tem mais: o contexto político dos anos 30, com ditadura, em Manifestação; o autorretrato de Frida Khalo dando asas à imaginação dentro do surrealismo; obras de Diego Rivera e Di Cavalcanti.

"Festa de São João" - Portinari

"Duas mulheres" - Diego Rivera

Autorretrato de Frida Kahlo
Entre todas essas obras, o fundador do Malba, Eduardo Constantini, confessa que Abapuru é o estandarte do museu. Ele foi arrematado em um leilão em Nova York, nos anos 90, por mais de US$ 2 milhões. Empresários brasileiros já lhe ofereceram 15 vezes mais pela obra, mas o museu não pode vender. Para voltar à terrinha, só se abrirmos um Malba no Brasil: "A oferta que eu havia feito, e que faço ao Brasil, é por um Malba no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Aí, levo Abapuru de volta ao Brasil!", promete.

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