quinta-feira, 7 de abril de 2011

O moderno e a antiguidade

Renascimento moderno, ou o Clacissismo em versão pop
Artes e ideias
Por Diana Ribeiro, em 3 abr 2011
Via: Obvious

Orlando Bloom, by PSHoudini.

O conhecido site de manipulação e transformação de imagens Worth 1000 apresenta uma nova galeria de fotografias inspirada na pintura renascentista. O desafio foi lançado para vários artistas digitais, com o objetivo de substituir os modelos da antiguidade por celebridades e personalidades da cultura popular atual.

"Modern Renaissance” é um dos projetos de Worth 1000. O site, mundialmente conhecido pela originalidade e ousadia com que apresenta as suas imagens, lançou há vários meses este desafio.

Com a ajuda do programa Photoshop, através do qual se podem realizar manipulações incríveis em qualquer fotografia, vários artistas foram desafiados a usar a imagem de uma celebridade atual em pinturas renascentistas. Ao todo, participaram mais de 60 profissionais, cujo trabalho final resultou numa reinvenção de famosos quadros entre o século XIII e XVII.


Penelope Cruz, by Mandrak.

 O movimento Renascentista, que surgiu na região da Toscana (Itália) e que pretendia recuperar a cultura e os ideais clássicos, trouxe não só a criação de extraordinárias obras de arte em várias áreas, como o desenvolvimento de novas técnicas e capacidades por parte dos artistas. Foi nesta época que se afirmaram pintores como Leonardo DaVinci, Rafael, Sandro Boticelli, Pierro della Francesca ou Michelangelo. E foi com algumas das suas mais famosas pinturas que, neste projeto, o moderno se juntou à antiguidade.

Aqui não há mistérios sobre quem será a verdadeira Mona Lisa: a atriz Demi Moore foi quem inspirou Mandrak nesta adaptação. “A dama do arminho”, ou melhor, Cecilia Gallerani, modelo do retrato de DaVinci, foi substituída por Amy Winehouse. Esta talvez seja uma das raras ocasiões em que vemos a cantora "tão composta".


George Clooney encarnou, pelas mãos de Kat Stevens, o retrato do Papa Inocêncio X, de Diego Velazquez (acima). Jennifer Love Hewitt tomou o lugar de Scarlett Johannson, que por sua vez já tinha sido no cinema a “Rapariga com brinco de pérola” de Vermmeer. O ator Jim Carey assumiu a figura central de “A criação de Adão”, de Michelangelo, e o cantor Jim Morrison a de “Cristo Abençoador”, de Rafael. Dê uma olhada no site, onde poderá ver muitas outras versões deste e de outros projetos sensacionais.


Johnny Deep, por Steve RS.

Keanu Reeves representa o Deus Baco -  tela originalmente pintada por Caravaggio.

Aqui, a Mona Lisa é Demi Moore. E ponto final.
No site, vc poderá ver outras celebridades devidamente aplicadas em famosas obras que valem uma espiada.  Silvester Stallone, Madonna, Ben Afleck, Bruce Willis, Angelina Jolie entre outros. Acesse aqui e divirta-se!!!!

Amy Winehouse encarna a "Dama com Arminho" de Leonardo daVinci.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Björk e sua arte

To aprendendo a ouvir e curtir esse som. É confuso, mas é bom.
Mas que ela não deixa de ser uma grande artista, isso é verdade!!!!
Cintia

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Björk é um exemplo de cantores que se preocupam com seus videoclipes não apenas como uma divulgação comercial, mas realmente como obras de arte. E no caso de "All is Full of Love", isso toma proporções literais.



"All is Full of Love" foi o último e mais popular single do álbum Homogenic. E mais confuso. Pra entender um pouco, vamos ao conceito de single. Antigamente, na época dos LPs, os artistas lançavam álbuns completos em LP (Long Play), compilações com menos músicas em EPs (Extended Play) e as músicas de trabalho, geralmente só as que as pessoas queriam adiquirir, em Singles. Eram como os compactos no Brasil, no Lado A a música original e um remix, e do Lado B (o famoso B-side) uma música que não tenha entrado no álbum mas que era boa demais pra se deixar de lado, além de um Acapella para os DJs.

Björk lançou o "All is Full of Love" com a Versão Original, e outros remix. Mas no CD Homogenic a música era um remix de Howie B. O original no single e o remix no álbum? É. Confuso? É? Mas lembre de que estamos falando da Björk. A versão original é usada no clipe, e diga-se de passagem, muito mais tocante que a do álbum.


Pois bem, a música fala de como o amor está presente ao redor e dentro de nós, mesmo que não o aceitemos ou não possamos enxergá-lo. Björk a compôs num passeio pelo jardim após uma forte chuva, quando ela lembrou das histórias Vikings. Mesmo após toda a guerra e catástrofe, tudo se enchia de amor. Pra transcrever todo o lirismo da música em linguagem audiovisual, Björk chamou Chris Cunningham, diretor de videoclipes, videoarte e comerciais.

Ao ouvir a faixa pela primeira vez, ele escreveu em um papel "Sexual, Leite, Porcelana Branca, Cirurgia". Segundo o diretor, ele colocou no clipe coisas que rondavam a adolescência, como robôs e pornografia. Björk concordou com a ideia imediatamente, pois havia chegado em Londres com um livro de Kama Sutra, servindo de referência para o clipe.


Tudo começa no escuro, com as luzes acendendo gradativamente. Numa mesa, um robô com o rosto da cantora está deitado, recebendo manutenção de braços robóticos. Enquanto canta, outro robô, idêntico, a acompanha na música.


No ponto alto, quando a música se torna cheia de sons não simétricos, caóticos e extremamente delicados, as duas começam a se beijar intensamente. Os sons de harpa se misturam com os ruídos industriais, construindo uma atmosfera dúbia: amor x artificialidade, harpas x ruídos, claro x escuro. Poesia jorrando entre efeitos hi-tech e a intensidade de Björk.


Para executar o clipe, Chris usou unicamente robôs em tamanho real (o clipe é de 1997). A cabeça da réplica foi desprezada. Gravaram Björk cantando na mesmpa posição das peças.


Com edição de vídeo e CGI, criaram a cabeça robótica e utilizaram somente a boca e os olhos da cantora.


Para os braços robóticos foram criadas animações 3D. Essa mistura de 2D com 3D, real e edição constroem ainda a linguagem dualista. Você não sabe definir exatamente o que é real ou não!


O video foi indicado a vários prêmios, incluindo o Grammy de melhor Curta. Ganhou o VMA. Para completar (o que disse sobre ser uma obra de arte) o clipe está em exposição permanente no Museu de Arte Moderna de Nova York.

Outra polêmica foi o filme "Eu, Robô". Os andróides do filme, de 2004, são incrivelmente parecidos com os do clipe, de 1997. Chris Cunningham não se pronunciou sobre, mas todos comentaram a incrível semelhança. O site Low Culture fez um lado-a-lado das semelhanças:


O Amor e a poesia estão em todo lugar. Você consegue sentir?


Por: Julio - Metheoro.net
Link da postagem

terça-feira, 5 de abril de 2011

Cana Café Suor


O Centro de Cultura Fazenda da Posse juntamente com a Prefeitura de Barra Mansa através da Fundação de Cultura e o Sistema Firjan através do SESI Barra Mansa convidam para a exposição CANA CAFÉ SUOR no dia 06 de abril às 20h.

A exposição conta com a pesquisa e organização de Ana Ana Maria Bastos Seraphim, que apresenta aspectos relevantes da colonização do Vale do Paraíba Fluminense, fruto de muito trabalho, suor e ousadia dos pioneiros que se instalaram na região – fazendeiros, sitiantes, pequenos comerciantes e principalmente escravos, a força motriz desse grande empreendimento coletivo.

As imagens apresentadas na exposição são do século XIX, dos artistas: Jean-Baptiste Debret, Johann Moritz Rugendas, Christiano Jr., Victor Frond e Rafael Falco.

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"Cana Café Suor"
Onde: Centrio de Cultura Fazenda da Posse, Barra Mansa.
Quando: 06 de abril de 2011 - 20h (abertura)
Horário: de quarta a domingo, das 11h às 17h.
Quanto: grátis
Contato: (24) 3322 – 3855 / fazendadaposse@uol.com.br

domingo, 3 de abril de 2011

Café, Cachaça e Chorinho 2011

Choro brasileiro e gastronomia no cenário das fazendas do século XIX. É nesse cenário que acontece o tão esperado evento que enche de alegria o Vale do Paraíba: "Café, Cachaça e Chorinho".

O circuito de outono é uma viagem nos cenários histórico-culturais das fazendas de café e vilas do século XIX para descobrir os encantos do Vale do Café com sua arquitetura, costumes, gastronomia, música, folclore e artesanato. O eventro acontece simultaneamente em Barra do Piraí - Ipiabas, Barra Mansa, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Piraí, Valença - Conservatória e Vassouras. Cada cidade apresenta uma programação ligada ao tema e mostra toda sua hospitalidade e cultura.

Vale a pena acessar o site do evento e consultar a programação de cada cidade. Além de conhecer mais sobre a festa, vc vai navegando embalado ao som de um choro delicioso de Carlos Henrique, do grupo Vale dos Tambores, um dos grandes compositores de choro da região. A música "Jogueiro" ao mesmo tempo em que devolve a homenagem aos mantenedores de uma cultura que atravessou todo o Ciclo do Café no Vale, compreende que os mesmos tiveram participação fundamental na construção da linguagem do choro brasileiro, pois esses jongueiros que cantavam e dançavam o jongo em torno da Bacia do Paraíba, eram os mesmos que formavam as famosas bandas de escravos que tiveram no vale a sua mais extensa representatividade.

Fazenda do Arvoredo - Barra do Piraí
É nesse clima que vai acontecendo a festa, cheia de detalhes, histórias, curiosidades e diversão. Os visitantes vão poder encontrar além de um excelente clima, um verdadeiro passeio pela história do estado do Rio de janeiro, com sua suntuosa arquitetura rural do Ciclo do café. São casarões, fazendas, senzalas, um patrimônio cultural riquíssimo que vale a pena ser visitado e explorado. Isso sem falar na exuberância da mata Atlântica emoldurando todo esse cenário.

Fazenda Bocaina - estrada Barra Mansa - Bananal
Mais informações: Café Cachaça e Chorinho 2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

Rodeio? Não, obrigada.



RODEIO NÃO! 

Por: Giovana Damaceno, jornalista.

“Esta semana minha cidade mais uma vez vai sediar um espetáculo odioso. Touros e cavalos serão empurrados à arena, submetidos às práticas das mais cruéis, para corcovearem enquanto são montados por peões corajosos, sob os aplausos de uma plateia insana. Isto se chama rodeio. Um show de atrocidades ainda chamado de esporte, que felizmente, porém aos poucos, vai sendo proibido por lei em diversas cidades brasileiras. Até nos Estados Unidos, seu país de origem, já há cidades que baniram os rodeios.

Aqui no Brasil, este tipo de divertimento dos peões começou por volta da década de 50, justamente durante o trabalho de doma de touros bravos. Nos anos 60 os peões já haviam se transformado em competidores e corriam as cidades atrás de prêmios em dinheiro. Hoje os espetáculos de rodeios rendem milhares de reais e de dólares em festas de boiadeiros realizadas pelo interior do país, com tradição pecuarista. E Volta Redonda, mesmo sendo uma cidade de origem operária, recebe anualmente uma companhia que expõe os animais ao sofrimento e à humilhação, em troca de muito dinheiro, não só da exploração na arena, mas também dos shows musicais contratados para animar o que não tem graça nenhuma.

Quem promove este circo de horrores, por conta de interesses financeiros, defende-se de várias formas, argumentando que os animais são bem tratados, porque são as verdadeiras estrelas do espetáculo. Porém, fotos e vídeos feitos em rodeios por este país afora nos provam o contrário. Bois e cavalos são submetidos a choques elétricos; introdução de objetos perfurantes no ânus; ferimentos no dorso feitos com agulhas, pregos e anzóis; terebentina, pimenta e outras substâncias abrasivas são introduzidas no corpo do animal antes que sejam colocados na arena, para que fiquem enfurecidos e saltem; e muitos deles ainda passam pela descorna, na qual o chifre é aparado com um serrote, sem anestésico. Diversos laudos oficiais atestam o sofrimento e os maus tratos infligidos aos touros em variadas práticas, destacando-se os emitidos pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e do Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro.

Impossível virar as costas e ignorar a irresponsabilidade do poder público municipal em sediar, patrocinar, apoiar, promover este tipo de espetáculo na cidade. Não estamos mais na antiguidade quando homens e animais eram jogados nas arenas para morrerem sob a aprovação fanática da turba sedenta de sangue. Estamos no século 21. Não precisamos mais deste tipo de prática primitivista”.


Gostou? Divulgue essa causa!
Acesse o site: Eu Odeio Rodeio

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eunice Nazário na Fazenda da Posse

Eunice Nazário é uma artista plástica renomada na região Sul Fluminense. Ela não só participa de espaços de arte, como também não abre mão de estar presente em seminários, encontros e debates promovidos por movimentos sociais, principalmente aqueles relativos aos povos indígenas, mulheres, crianças e adolescentes e negros.
Artista Plástica e escultora, suas obras se caracterizam pela preocupação com questões sociais, em especial com as desigualdades de oportunidades, de tratamento e com a discriminação de um modo geral. Sua especificidade é o povo negro e os nativos. Seu trabalho se desenvolveu a partir de um perfil autodidata e de muita pesquisa e persistência, refletindo sua reflexão subjetiva e social.
Como artista, Eunice procura transmitir através de suas obras, as preocupações sociais e provocar inquietações e questionamentos. Pretende assim contribuir para a reflexão de que mudanças positivas são possíveis, com um mundo melhor e mais igualitário, sem distinção de cor, credo e gênero.
Uma exposição muito interessante e que vale a pena visitar!

Beijos
Cintia
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O ateliê contemporâneo
está em todos os lugares: na escola, na casa, no campo, no barco, sob uma árvore. O que mais importa a este espaço é a imantação, os fenômenos agregados a este lugar dia após dia. Sensações e situações que criam atmosferas propícias ao pensamento estético, criatividade, imaginação; que provocam o pensar e o olhar de uma forma mais sensível.

Assim é o ateliê de Eunice Nazário. E é com este pensamento que o curador Ayrton Junior traz ao Centro de Cultura Fazenda da Posse um fragmento, ou talvez o todo deste espaço, imantado e repleto de significações.



Entre acúmulos de objetos achados e outros cedidos por conhecidos e desconhecidos, o atelier se apresenta como um todo de informações que falam por si. Estão lá objetos atraídos pela afetividade de Eunice e aproximados uns dos outros por critérios determinados pela própria artista, nascidos de sua vivência, suas experiências.


Para seu trabalho em arte, podemos destacar os conceitos de imantação e acúmulo, além de escultura social. Parece ser, portanto, as imantações que norteiam determinantemente o percurso criativo desta artista. A partir de seu discurso ela cria em seu entorno uma situação estética nova, provocativa aos sentidos. Imanta e acumula.


A presente exposição consiste, na medida do possível, na transposição do ambiente constituído por Eunice Nazário em seu atelier para o Centro de Cultura Fazenda da Posse. O último conceito a ser associado, para melhor entendimento, à obra de Eunice seria o do discurso social, cunhado por Joseph Beyus, artista europeu com atuação no século passado, que sugere uma expansão do conceito de arte, desde a organização do pensamento ao processo de criação, base primeira da ideia de escultura.

Ayrton Ferreira da Costa Júnior
[Curador de Artes, Arte-educador (especialista em Ensino da Arte – Estética Moderna e Contemporânea) e
especializando em Gestão Cultural.]

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"Eunice Nazário - esculturas, imantações e acúmulos."
Onde: Centrio de Cultura Fazenda da Posse, Barra Mansa.
Quando: de 03 a 30 de março de 2011
Horário: de quarta a domingo, das 11h às 17h.
Quanto: grátis
Contato: (24) 3322 – 3855 / fazendadaposse@uol.com.br

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Arte digital - human flowers

É isso que acontece quando junta fotografia, photoshop, muita criatividade e bom gosto!
Imagens belíssimas e interessantes! Não sei o autor...

Beijos
Cintia
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Reforma do Palácio Guanabara

Foto: Luiza Reis-11.fev.2011/Governo do Rio de Janeiro.

Semana passada criei uma postagem sobre os azulejos de Portugal e agora eles voltam a ser assunto aqui no blog. É que está acontecendo uma reforma no Palácio Guanabara, sede do governo no Rio de Janeiro, desde de 2009 e agora, debaixo de algumas camadas de cimento, foram encontrados azulejos do século 19 e pisos da época da escravatura, período em que a princesa Isabel viveu na mansão em estilo neoclássico.
Todo material encontrado está sendo cuidadosamente restaurado e peças poderão ser vistas pelo público quando o Palácio for reaberto, após o restauro, em julho deste ano.
O palacete instalado no bairro das Laranjeiras, na zona sul da cidade, foi um presente de casamento do imperador Pedro II para a princesa.

Foto: Luiza Reis-11.fev.2011/Governo do Rio de Janeiro.

Quem passa em frente ao local já pode perceber as primeiras mudanças. Depois de vários anos pintado de branco com detalhes em cinza, ele voltou ao seu tom original: o ocre.
Toda a parte elétrica e hidráulica também estão sendo refeita. Antes os salões ficavam cheios de divisórias, com uma enormidade de fios embaralhados pelo chão.
Cerca de cem especialistas trabalham na restauração do Palácio. Desde 1889, quando deixou de ser o Paço Isabel e passou a ser chamado de Palácio Guanabara, esta é a quinta vez que é reformado.


♦ Curiosidade: 'Reforma' pretende alterar o visual do objeto ao contrário da 'Restauração', que tem por objetivo resgatar a aparência original. Nesse caso, acontece os dois, pois parte do Palácio será restaurado e parte modificado - como no caso das instalações elétricas e hidráulicas que serão modernizadas.


Fonte: Folha / Cotidiano

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Thomas Farkas

Thomas Farkas: um grande mestre da fotografia! Estudei rapidamente sobre a biografia dele na faculdade, com a professora Cristine Borovsky - outra grande artista em se tratando de fotografias.
O Inst. Moreira Sales, em São Paulo, está com uma exposição sobre Farkas com uma restrospectiva do trabalho do mestre húngaro, que escolheu o Brasil para se naturalizar.
A família de Farkas fundou a Fotoptica, que muita gente deve conhecer. Lá em casa, durante muito tempo, só revelávamos nossas fotografias pelo correio com eles e as fotos sempre chegavam lindas e bem embaladas, com todo cuidado.
Quem tiver a chance de ir visitar, vai encontrar imagens belíssimas e de grande teor poético.

Beijos
Cintia
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Thomaz Farkas – uma antologia pessoal
Por Anapaula Zigolio, do blog Mona Dorf - IG Cultura
Link da matéria
Fotos: Google


O Instituto Moreira Salles – São Paulo, traz a maior retrospectiva dedicada à obra do consagrado fotógrafo, com cerca de 100 imagens, parte delas inéditas. Húngaro, naturalizado brasileiro, Thomas Farkas teve seu acervo vasculhado durante dois anos pelos seus filhos, o diretor de cinema João e o designer gráfico Kiko Farkas, em conjunto com o IMS, que hoje preserva sua obra fotográfica.

O passeio por sua incrível trajetória rendeu, além da exposição, o livro, Thomaz Farkas – Uma antologia pessoal, do tipo coffee-table  com 140 imagens e texto do filho: ” O pai que fui descobrindo era um apaixonado pelo Brasil, sua gente, sua música e manifestações culturais: da cachaça à arquitetura modernista, do samba à cozinha rústica nordestina “, escreve João Farkas, na introdução do livro, para completar que o pai transitava sem nenhum preconceito entra a mais antenada visão de mundo e as mais profundas tradições populares.


Na retrospectiva, imagens produzidas a partir da década de 1940, época em que Farkas se associa ao Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), local de debate sobre a atividade fotográfica, frequentado também por Geraldo de Barros e e outros fotógrafos atuantes como José Yalenti, José A. Vergareche, German Lorca, formadores da fotografia moderna brasileira afinados com as vanguardas europeias e norte-americanas, os membros do clube buscavam uma estética, novos temas, enquadramentos e pontos de vista.

Na mostra, fotografias com uma abordagem mais humanista, que se aproximam do fotojornalismo, como as séries sobre o Rio de Janeiro onde são retrados moradores de bairros populares e centro histórico da então capital federal. Também presentes, imagens coloridas, datadas de 1975, feitas parte durante uma expedição científica ao Amazonas e a Salvador.



Thomaz Farkas

Thomaz Farkas é um dos grandes expoentes da fotografia moderna no Brasil. Sua família fundou a Fotoptica, empresa pioneira no comercio de equipamentos fotográficos no Brasil.

Aos oito anos de idade, em 1932, ganha de seu pai a primeira câmera fotográfica e durante os dez anos seguintes, começa a experimentar com seu brinquedo: fotografa família, animais domésticos, o grupo de amigos de bicicleta, fatos relevantes como a passagem do Zeppelin e a construção do estádio do Pacaembu


Pioneiro, Farkas estabeleceu contato com o fotógrafo Edward Weston, na Califórnia, e o curador de fotografia do Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, Edward Steichen. A pedido de Pietro Maria Bardi, montou o laboratório fotográfico do MAM/SP, junto com Geraldo de Barros.

Documentou como Marcel Gautherot e outros fotógrafos a construção de Brasília. A linguagem e abordagem é a fotografia documental, o fotojornalismo que pautaria nas décadas de 1960 e 1970, a Caravana Farkas de documentários sobre o Brasil profundo e a série em cores sobre a Amazônia e Nordeste (Notas de viagem).
Em 2005, a Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp inaugurou a exposição "Brasil e Brasileiros no Olhar de Thomaz Farkas", que apresentou, pela primeira vez, essas imagens.

Capa do livro de fotografias "Notas de Viagem"


Palestras

Começa no dia 12 de fevereiro, às 11h30, uma série de encontros sobre fotografia.  Eles vão acontecer uma vez por mês (sempre aos sábados) na loja do Instituto Moreira Salles por Livraria Cultura, com a participação de convidados. Na estreia, o fotógrafo Cristiano Mascaro bate-papo com o coordenador de fotografia do IMS, Sergio Burgi.





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"Thomaz Farkas: uma antologia pessoal"
Onde: Instituto Moreira Salles – São Paulo. Rua Piauí, 844, 1° andar, Higienópolis.
Quando: até 03 de abril de 2011
Horário: de terça a sexta-feira, das 13h às 19h; sáb e dom, das 13h às 18h.
Quanto: grátis

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