quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Convite especial!

 
Um convite especial para os amigos! Venham prestigiar o lançamento de "Mania de Escrever" da jornalista Giovana Damaceno.
Vai ser na próxima terça, dia 21 de dezembro, na Livraria Veredas, em Volta Redonda. O encontro vai acontecer das 17h30 às 20h, no Pontual Shopping.

Espero vocês!
Cintia
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Já está disponível no site do Clube de Autores, o meu primeiro livro, Mania de Escrever. Trata-se de uma coletânea de crônicas publicadas entre os anos de 2007 e 2009 no jornal Volta Cultural (Volta Redonda/RJ) e no meu blog.

Mania de Escrever é algo que faço desde os 14 anos, com rabiscos em cadernos, blocos de anotações, folhas soltas, bilhetinhos. Em tudo e para tudo há motivo para puxar caneta ou lápis e registrar desde observações até vagos pensamentos. Letras, frases, palavras soltas. Tudo um dia pode virar texto, ou não.

Mania de Escrever tornou-se o nome do meu arquivo no compuador, para onde transcrevo esses mesmos rabiscos e rascunhos, onde reúno contos, crônicas, poesias, relatos de sonhos, de conversas, cartas.

Mania de Escrever agora é o nome do meu livro, no qual juntei 40 crônicas para comemorar meus 40 anos. Para quem perdeu uma ou outra no jornal Volta Cultural, esta é uma ótima oportunidade de conhecê-las.

Publicação por demanda
No site do Clube de Autores qualquer autor pode publicar seu livro. Independente da quantidade, em apenas alguns cliques o leitor faz seu pedido, que vai direto para a gráfica. Em poucos dias o livro chega pelos Correios.

Esse novo formato de publicação foi criado para dar maior oportunidade a autores independentes, que não alcançam as editoras em nem dispõem de verba suficiente para custear sua própria publicação.

Por isso a minha opção. Clique, compre e curta uma leitura leve, com observações às vezes críticas, outras ácidas e normalmente bem humoradas sobre um cotidiano que vejo de forma muito especial.

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Mania de Escrever
86 páginas
Capa: Fabiola Campbell Vianna
Foto de capa: Caio Damaceno
Editoração: Jusimara Medeiros
Impressão: Clube de Autores
2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Instalação Insônia

Hoje eu trouxe diretamente do Facebook, uma dica muito legal de exposição que está acontecendo no Rio de Janeiro, na Galeria Movimento. Um trabalho contemporâneo muito interessante com materiais diferentes dos habituais. Vale a pena visitar e se inserir no contexto de Insônia...

Beijos
Cintia
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Insônia - Caderno Zona Sul do jornal O Globo - 09.12.2010
Com o intuito de caracterizar um personagem e levar o visitante para dentro de seu mundo, o artista plástico Tomaz Viana, o Toz, criou a instalação "Insônia", que ficará em exibição durante todo o mês de dezembro para apreciação de colecionadores, mídia e o público em geral.
"O Insônia é inspirado nas noites perdidas. Ele mora numa floresta no lado mais negro da cabeça da Nina", explica o artista que foi influenciado por um estilo de vida noturno.


A instalação ocupará toda a Galeria Movimento, no Rio, que terá inclusive a vitrine toda vedada em preto para que de fora não se possa ver seu interior.



Dentro haverá também quatro pinturas inéditas, feitas com tinta acrílica e spray, que figuram o "Insônia" e que vão dialogar com o ambiente que será criado por Toz.



Instalação Insônia - Montagem da instalação
 O ambiente vai retratar a vida noturna, todo escuro com adesivos de estrelas em neon numa iluminação especial. E, surpresinhas, como a trilha sonora exclusiva feita pelo DJ Rafael Droors.
O desenvolvimento desse novo personagem marca o início de uma nova etapa na obra de Tomaz Viana, que passa a trabalhar com novos padrões e uma nova cartela de cores, mais soturna. Outra novidade é a maior interação entre os personagens nas telas, que agora passam a se comunicar, como numa história em quadrinhos. 

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 Instalação "Isônia"
Fotos e informações: Galeria Movimento Cultural
Local: Shopping Cassino Atlântico | Avenida Atlântica, 4.240 | loja 211, Rio de Janeiro - RJ
Duração: todo o mês de dezembro
Email: contato@galeriamovimento.com

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dica de leitura e, porque não, um presente de natal?


Adorei esse lançamento, tão esperado esse ano. O livro da minha amiga Giovana Damaceno saiu do formo e está prontinho pra encantar muita gente.

"Mania de Escrever" oferece ao leitor uma coletânea de 40 crônicas, publicadas entre 2007 e 2009 no jornal Volta Cultural e no blog dela. São observações às vezes críticas, outras ácidas e normalmente bem humoradas sobre um cotidiano que ela vê de forma muito especial.

A compra já está disponível no site Clube de Autores. A venda é por demanda: clique, faça seu pedido e aguarde na sua casa!


Mania de Escrever é algo que faço desde os 14 anos, com rabiscos em cadernos, blocos de anotações, folhas soltas, bilhetinhos. Em tudo e para tudo há motivo para puxar caneta ou lápis e registrar desde observações até vagos pensamentos. Letras, frases, palavras soltas. Tudo um dia pode virar texto, ou não.

Mania de Escrever tornou-se o nome do meu arquivo no compuador, para onde transcrevo esses mesmos rabiscos e rascunhos, onde reúno contos, crônicas, poesias, relatos de sonhos, de conversas, cartas.

Mania de Escrever agora é o nome do meu livro, no qual juntei 40 crônicas para comemorar meus 40 anos. Para quem perdeu uma ou outra no jornal Volta Cultural, esta é uma ótima oportunidade de conhecê-las.
 
No site do Clube de Autores qualquer autor pode publicar seu livro. Independente da quantidade, em apenas alguns cliques o leitor faz seu pedido, que vai direto para a gráfica. Em poucos dias o livro chega pelos Correios.

Esse novo formato de publicação foi criado para dar maior oportunidade a autores independentes, que não alcançam as editoras em nem dispõem de verba suficiente para custear sua própria publicação.

Por isso a minha opção. Clique, compre e curta uma leitura leve, com observações às vezes críticas, outras ácidas e normalmente bem humoradas sobre um cotidiano que vejo de forma muito especial. 
 
 
Giovana Damaceno

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Artes Visuais 12

Amigos,
O Curso de Artes Visuais - Licenciatura - do UBM tem atualmente uma única turma (6ºperíodo) cuja produção estará na exposição Artes Visuais 12 (abertura no dia 26/11/2010).
Gostaríamos de contar com a presença das pessoas que estão ou estiveram ligadas à história desse curso que tão significativamente influiu na qualidade do Ensino de Arte da região.
Apareçam e ajudem a divulgar!

Bjs
Cintia
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A volta da polêmica...

Eu nem ia falar da Bienal de Arte por aqui. A anterior já foi motivo de grandes discussões e eu nem achei tão ruim ela estar vazia, uma vez que o próprio espaço da Bienal - um prédio lindo projetado por Oscar Niemeyer - já é uma grande obra em si. E estar ali dentro podendo observar aquela arquitetura já é uma experiência bastante interessante.
Esse ano a Bienal já  iniciou com discussões novamente, começando com a obra do Nuno Ramos e aqueles urubus confiados. Coitados, não concordei com aquilo, acho que seria mais impactante pessoas nuas confinadas... hahaha! Tô brincando. Mas não gostei da ideia dos urubus, poderiam ser bonecos, sei lá. Sou voltada pro lado ecológico da vida! Rsrsrrs.
Esses dias descobri um site muito bacana, o Colherada Cultural, que aborda vários assuntos culturais. E encontrei uma matéria boa falando justamente da Bienal. Então, pedi liceça pras Colheres e estou aqui dividindo com vcs.

Bjs
Cintia
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29ª Bienal de Arte de São Paulo reverte o vazio da edição passada com reflexão entre a arte e política
Site: Colherada Cultural
Por Camila Martins (colaboradora)
24/09/10


Depois do vazio avassalador que tomou conta de um dos andares do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, em 2008, a 29ª Bienal de São Paulo promete recuperar o tempo perdido e a credibilidade da instituição que, afundada em dívidas, quase foi estatizada há cerca de dois anos, como afirmou o secretário da Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil. Trazendo à tona a relação entre arte e política, os curadores Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias pretendem destacar o poder transformador da arte e afirmam que toda a arte é política quando nos ajuda a repensar o mundo. Em ano de eleição, tal reflexão é bem-vinda.

As mais de 800 obras de 159 artistas de todo mundo que compõe a exposição com o tema "Há sempre um copo de mar para um homem navegar" - fazendo alusão a um verso da obra "Invenção de Orfeu", do poeta Jorge Lima - carregam em suas dimensões todo o seu conteúdo e significado, cabendo ao interlocutor sua dose de interpretação. “A política como uma prática e como algo que se dá através do contato entre diferenças é fundamental na nossa vida e está muito desvalorizada pelos políticos. Pensando especialmente nos jovens, é preciso recuperar e contribuir para a valorização deste encontro”, explica Agnaldo Farias.

A Bienal abre sábado (25) para o público, e as obras poderão ser vistas até 21 de dezembro. O Colherada aproveitou a abertura para a imprensa para ver a exposição e comenta o que você deve encontrar por lá. Para quem quiser curtir esse programão cultural, aqui vai uma dica de ouro: para aguentar a maratona escolha seu sapato mais confortável e carregue aquele caderninho de anotações. Você terá muito chão e conteúdo pela frente!


DESTAQUES IMPERDÍVEIS

Fotos e vídeos compõem a maior parte da produção artística exposta na Bienal. Entre eles a reflexão do cineasta de Jean-Luc Godard sobre a arte como exceção e contraposição às normas culturais, feitas a partir de uma foto do conflito de Sarajevo.

Fazendo coro à discussão sobre o limiar entre cinema e artes visuais, o artista tailandês Apichatpong Weerasethakul, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes em 2010, apresenta o vídeoarte "Phantoms of Nabua", uma investigação sobre luz e sombra.

Já a fotógrafa americana Nan Goldin, faz um recorte da sua obra na série "A Balada da Dependência Sexual", em que fotos de momentos pessoais e de pessoas próximas da artista, entre os anos de 1979 e 2004, fazem parte de um slideshow.


Em um país como o Brasil, onde herdeiros dos grandes artistas guardam suas obras no porão, dificultando que nossa própria história seja mais conhecida, a Bienal é uma boa oportunidade para ver de perto os trabalhos de Lígia Pape (a performance coletiva "Divisor", registrada em vídeo, e a foto "Língua Apunhalada") e Hélio Oiticica (a emblemática bandeira "Seja Marginal, Seja Herói" [imagem acima], além da reprodução da instalação "Nichos"), ambos do movimento concretista brasileiro.


POLÊMICAS

No século 16, o poeta português Gil Vicente causou polêmica ao mandar fidalgos e aristocratas para o inferno em sua farsa "O Alto da Barca do Inferno". Na Bienal, seu xará pernambucano abre nova polêmica ao apresentar uma série de oito desenhos chamada "Inimigos". Neles, o artista se autorretrata matando líderes políticos e religiosos, entre eles Lula, FHC e o Papa Bento XVI [já falei dele aqui no blog!]. As imagens chocaram antes mesmo da abertura oficial e o presidente da sessão paulista da OAB, Luiz Flávio Borges D'Urso, pediu a retirada da obra da exposição por acreditar que ela faz apologia a violência. Por sorte, a Bienal negou o pedido.



Nuno Ramos também promete atrair a ira dos ambientalistas e defensores dos animais, já que sua instalação "Bandeira Branca", localizada no espaço central do pavilhão, traz três urubus vivos sobrevoando um local delimitado por redes pretas. Enquanto isso, tocarão trechos da música de Max Nunes e Laércio Alves, Carcará" e "Boi da Cara Preta" é cantadas respectivamente por Arnaldo Antunes, Mariana Aydar e Dona Inah.

CONTRA O VAZIO

A 29ª Bienal de Arte de São Paulo vem pautada pela quantidade de conteúdo. A arquitetura planejada por Martha Bogé ocupa os espaços com vielas, corredores, clareiras e ângulos imprevistos. Além disso, seis espaços chamados de Terreiros foram construídos para prolongar as áreas de debate. Inspirados em praças, bares e pontos de encontro, eles foram elaborados por diferentes artistas que, até dezembro, vão abrigar palestras, exibir filmes e performances.

O local também funciona como área de descanso para os visitantes da Bienal. A principal proposta dos Terreiros é a de proporcionar o encontro entre os visitantes para que eles conversem sobre o que estão vendo e discutam sobre os trabalhos. Depois de tanta novidade, é só se agendar e mergulhas em um dos eventos mais bacanas da cidade nesse segundo semestre.



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"29º Bienal de São Paulo"
Quando: de 25 de setembro a 12 de dezembro de 2010. 

Onde: Pavilhão Ciccilli Matarazzo, Parque do Ibirapuera, São Paulo.
Quanto: grátis

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Crônicas da decadência

Guitarrista do grupo Titãs, Tony Bellotto, narra a história de um roqueiro em maré baixa. Esse é o novo livro lançado pela Companhia das Letras e mostra um bellotto mais contemplativo e perdido em suas meditações sobre arte, vida e envelhecimento.
Matéria de Carlos Messias, para a revista Rolling Stone (out. 2010).

Cintia
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Esqueça sa complexas tramas policiais e o suspense iminente que fizeram a fama do Tony Bellotto escritor com a trilogia Bellini (1995, 1997, 2005). Mas, se você gosta do protagonista desses livros, aquele tipo canastrão que enxerga um viés sexual em tudo e não tem medo de assumir os próprios defeitos, vai se deliciar com "No Buraco", primeiro romance adulto do guitarrista dos Titãs a se passar longe dos distritos policiais. Desta vez, o protagonista é o Teo Zanquis, ex-guitarrista de uma banda de um hit só dos anos 80 que, nos tempos atuais, amarga uma longa e contínua derrocada, sozinho ou na companhia de Lien, sua namoradinha de 19 anos. De suas memórias oitentistas saem as cenas mais engraçadas , já que o protagonista olha para aquele "período trágico" sem o menor saudosismo. E dá-lhe referências pop. Seu sarcasmo é ainda mais afiado do que o de Bellini, e o autor se permite ser mais descritivo quanto aos detalhes sexuais. Mas 'No Buraco' não se resume a um livro de humor, e o drama do roqueiro derrotado convence. O vocabulário do autor é totalmente coloquial e admiravelmente preciso, o que garante o bom ritmo da história e a fluidez da leitura.

Entrevista:
- O livro trata de um guitarrista de rock decadente. Tirando a parte do sucesso, o quanto de Teo Zanquis é autobiográfico?
- O Teo Zanquis tem muita coisa minha. E náo é só uma projeção tipo "Tony versão frustrada". Por mais sucesso que você faça , o fracasso é sempre uma sombra constante, ameaçadora e instrutiva. Ninguém está satisfeito com o que tem. Para mim, a questão principal desse personagem não é nem o fato de ele ser um guitarrista, fracasado ou não. É o fato de ser um homem que completa 50 anos e se depara pela primeira vez com a finitude da vida. E nisso eu e o Teo somos a mesmíssima pessoa.

- No livro, você se refere aos anos 80 como um período trágico para a nossa cultura. Algum  arrependimento, do ponto de vista artístico?
- Olha, essa é uma visão do Teo Zanquis, que, como você já percebeu é um sujeito extremamente recalcado e ressentido. Há algo de desdém nessa visão. Apesar de concordar com o Teo que alguns figurinos e cortes de cabelos dos anos 80 eram pavorosos, vejo muita qualidade em vários trabalhos da época, como o de bandas como a minha, Titãs, Paralamas,  Legião, Blitz, artistas como Lulu Santos etc. Por outro lado, devo concordar com Teo Zanquis quando ele diz que as bandas brasileiras da época copiavam deslavadamente as estrangeiras.

- O quanto das memórias de Teo são baseadas nas suas experiências?
- Quase tudo o que está no livro. Não quer dizer que eu tenha vivido tudo aquilo ípisis litteris. O grande fascínio da ficção é justamente poder alterar e distorcer a realidade à vontade. Descrevo situações que vivi, muitas que presenciei, algumas de que ouvi falar e outras coisas eu inventei, claro.

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Leia mais em: www.rollingstone.com.br

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Deixe a Rita em paz!!!!

Adorei essa matéria que saiu na Rolling Stone desse mês.
O que vcs acham? Concordam em dizer que realmente essa banalização, essa "lucianohuckzação" de querer fazer sempre tudo certinho apenas para agradar a todos é legal?  Eu não concordo e acho que ninguém deve mudar seu ponto de vista e seu jeito de agir e pensar só para parecer bonitinho para os outros. Opinem.

Bjs
Cintia
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Deixem a Rita em Paz
Por: Miguel Sokol
Revista Rolling Stone, Outubro, 2010.
Coluna Vida Pop

Como alguém ousa ameaçar a Rita Lee? Ela é humana! E corintiana! (snif) Vocês tem sorte que ela ainda cante pra vocês, seus desgraçados! (snif, snif) Deixem a Rita Lee em paz! (buááá...).

Eu seria emo se a Rita Lee fosse a Britney Spears, mas não é o caso. Rita em cérebro e foi ele, aliás, o grande culpado do ataque covarde e cruel que a cantora sofreu. Tudo começou quando ela aderiu ao twitter - mas não para fazer um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar. Fugindo à regra, Rita tem o que dizer e, no caso, foi contra a construção do estádio do seu time  do coração em "ritaquera", pelo menos pelo menos da forma que está sendo construído. E aí, o império contra-atacou. A  cantora foi ameaçada e chegou a abandonar a rede social  temendo pela sua segurança depois que, usando as palavras dela, "o Cansástico lhe atirou aos leões".

O mundo (virtual e real) não está mais preparado para artistas que tem o que dizer. Se estivesse, Justin Bieber não lançaria uma autobiografia aos 16 anos de vida. devem ser umas sete páginas para contar a vida e mais umas 700 de agradecimentos - e o pior é que vai vender que nem disco de padre. Agora é assim: artista legal, é artista bonzinho. Um fenômeno perigoso que o apresentador Rafnha Bastos, do CQC, chamou de "lucianohuckzação", uma "bundamolização" generalizada que está transformando o nosso planeta em uma imensa chapa branca. Sim, o fenômeno é mundial, tanto que Justin Timberlake e Keith Richards foram parar no mesmo disco, o novo da Sheryl Crow! me dá calafiro só de imaginar o resultado, mas é bom ir se acostumando porque no mundo "lucianohuckzado" é assim: todo mundo tem que gostar de todo mundo.

Susan Boyle viajou da Grã-Bretanha aos EUA só para cantar "Perfect Day" no programa de calouros America's Got Talenet. Mas Lou Reed, o dono da música, proibiu sumariamente e, quando perguntaram porque, ele disse: "Eu não gosto de Susan Boyle". Susan voltou para casa chorando, a notícia repercutiu e, uma semana depois, Lou deixou a coitadinha gravar a bendita música no seu próxiumo disco.

Dito isso, eu proponho um teste: você acha que, tipo assim, foi muito fofo o Lou Reed reconsiderar?
(     ) Sim          (     ) Não

 Se você assinou "sim", você está "lucianohuckzado" e mais, foi por sua causa que Lou cedeu. Ele é mais uma vítima dessa "bundamolização" generalizada. Mais personalidade, mais opinião e menos "lucioanohuckzação". Deixem o Lou Reed em paz. Deixem a Rita Lee em paz!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Exposição "Caixa Preta" em Barra Mansa

Mais uma excelente exposição acontecendo por aqui!



O Centro de Cultura Fazenda da Posse juntamente com a Prefeitura de Barra Mansa, através da Fundação de Cultura e o Sistema Firjan através do SESI - Barra Mansa, inauguram a Exposição "Caixa Preta" do artista plástico João Bosco Millen no dia 22 de outubro de 2010 às 20h, com presença do Quinteto de metais – Projeto Música nas escolas.



João Bosco é colecionador e estuda intensamente a arte, a filosofia, a estética, a cultura. Seu processo criativo teve início há muitos anos, foi deixado de lado, mas não esquecido. Em 2010, João o retoma com impressionante intensidade, o que o faz inaugurar nova exposição a cada mês, explorando incansavelmente a arte, suas possibilidades e linguagens.
A exposição tem curadoria de minha amiga Jane Chiesse.




A trajetória de João Bosco Millen tem demonstrado aspectos inconfundíveis de
apreço ao processo cultural-artístico (...)
Ao lançar-se como realizador de uma obra de teor contemporâneo, o faz após
meticuloso processo de exercícios e pesquisa ao longo da última década. O expressivo conhecimento adquirido no campo filosófico (finaliza o mestrado em filosofia em uma das mais prestigiosas instituições brasileiras), somado à bagagem teórica do campo psi, construída em grande parte de sua experiência profissional, estabelece base sólida para novos vôos. A inquietação, marca indelével de sua personalidade, é companheira exigente no processo de amadurecimento da proposta artística como uma cria cuidadosamente gerada a ser oferecida ao mundo como expressão definitiva de realização pessoal."

Luiz Augusto Mury

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"Caixa Preta" - João Bosco Millen
Quando: de 22 de outubro a 28 de novembro de 2010. De quarta a domingo, das 11h às 17h.
Onde:
Rua Dário Aragão, n. 02, Centro- Barra Mansa - RJ
Quanto: grátis
Info: 24 |
3322.3855

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Retratos do Brasil Profundo"

José Caldas, fotógrafo documentarista com 20 anos de carreira, lançou essa semana seu livro "Retratos do Brasil Profundo" (Ed. Olhares; 140 págs.; R$ 58).

O livro traz mais de 80 retratos de brasileiros que vivem no interior do país e de sua relação com o ambiente ao redor. As imagens foram capturadas em 20 anos de viagens pelo Brasil. A imagem da capa, é uma foto feita na Barra do Rio Grande (BA), em 2002.

José Caldas tem livros publicados com ensaios sobre o rio São Francisco, Mata Atlântica, Serra da Canastra, Serra do Cipó, Serra da Mantiqueira e Ilha do Bananal. Os retratos desse sergipano focam as pessoas comuns, no qual o interesse está na natureza humana, e não no glamour.


Fonte: Uol Fotos


Mercado Thales Ferraz, Aracaju, SE - 2001
Pirapora, MG - 1996
Morro do Pilar, MG - 2005
Santana do Riacho, MG - 2005
Santana do Riacho, MG - Encontro Nac. de Povos Indígenas - 1998

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Grandes Pintores | Escher

O CCBB de Brasília abre uma exposição com o grande Escher, mestre da ilusão de ótica e das construções impossíveis. O artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher, terá 95 de suas obras exibidas a partir desta terça-feira (12). A mostra "O Mundo Mágico de Escher", que segue até 26 de dezembro, apresenta gravuras originais, desenhos e fac-símiles do artista, incluindo os trabalhos mais conhecidos.
Entre as atrações interativas da exposição, está um quebra-cabeça gigante que mostra como Escher utilizava imagens geométricas ou figurativas para criar gravuras que remetem ao infinito, como em "Menor e Menor" (1956), o clássico "Dia e Noite" (1938) e "Metamorphosis II" (1940).
Com a tecnologia dos dias de hoje, assim como Escher adorava brincar com a percepção imediata das pessoas, apresentando um mundo dos sonhos, onde não existem direções certas  - "Outro Mundo" (1947) e "Relatividade" (1953) são exemplos - a mostra também recriará essa sensação por meio de alguns efeitos, como o de uma imagem plotada no chão que se completa no espelho curvado, numa mistura das três dimensões. Se ele estivesse vivo para ver isso, certamente ficaria encantado e seu trabalho talvez tomasse outros rumos...
Entrando no clima da exposição de Escher, vamos conhecer mais sobre esse grandioso artista!

Bjs
Cintia
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Maurits Cornelis Escher (1898 - 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes.

Uma das principais contribuições da obra deste grande artista está na sua capacidade de gerar imagens com impressionantes (mesmo!) efeitos de ilusões de óptica. Foi numa visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu, e se encantou, pelos mosaicos que haviam num palácio de construção árabe. Escher achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava e se encaixava na outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais impressionantes e famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas como os árabes faziam nas decorações (por causa da sua religião muçulmana, que proíbe representações de imagem ou seres).

A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área  do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional.

Destacam-se também os trabalhos do artista que exploram o espaço. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos.

"Another World"
 Embora tivesse sido péssimo aluno a Matemática, através da sua arte conseguiu cativar os mais repeitados Matemáticos e, em particular, os Geómetras. Observando atentamente os seus trabalhos, percebemos a complexidade criada, tanto geometricamente quanto pelas ilusões imaginadas, o que requer várias observações até serem compreendidos - se é que alguma vez o conseguimos...

• Drawing Hands: Um pedaço de papel é fixado a uma base com pequenos fixadores. Uma mão direita está ocupada esboçando um punho de manga de camisa no papel. Neste momento seu trabalho está incompleto, mas um pouco mais à direita já desenhou uma mão esquerda, emergindo de uma manga em tal detalhe que esta mão saiu certa para cima da superfície plana, e à sua volta está a esboçar o desenho do qual a mão direita está a emergir, como se se tratasse de um sócio vivente.
Drawing Hands é um dos desenhos mais reconhecidos de Escher, embora a maioria das pessoas que são questionadas não consegue nomear o artista.

Mão com Globo: Um globo refletor está na mão do artista. Neste espelho, ele pode ter uma visão muito mais completa do ambiente onde está, através da observação direta - quatro paredes, o chão e teto do seu quarto - está comprimido, embora torcido, dentro desta pequena esfera. A sua cabeça, ou para ser mais preciso, o ponto entre os olhos dele, entra no centro absoluto. O ego é o caroço inabalável do seu mundo.
Um desenho visto em livros de psicologia inversa, álbuns e vários outros textos. Este é outro dos trabalhos de Escher muito reconhecidos. Se quiser se divertir um pouco com os seus amigos, pergunte a eles com que mão é que Escher segura a esfera refletora. A maioria dá uma resposta errada. A propósito, você sabe?




Côncavo e Convexo: Três pequenas casas estão próximas umas das outras, cada uma debaixo de um telhado. Temos uma visão exterior da casa à esquerda e uma visão interior da casa da direita. Temos uma visão interior ou exterior da casa do meio de acordo com a escolha que façamos ao ver. Há várias inversões neste desenho. Por exemplo, dois rapazes estão a tocar flauta. O da esquerda está a olhar para baixo através da janela para o telhado da casa do meio. Se saltasse da janela ele conseguiria ficar no telhado desta casa e, se saltasse novamente, ficaria no andar de baixo no chão pintado a negro. O flautista da direita terá de pensar duas vezes antes de saltar pois para ele não existe chão, apenas o abismo.

 
Relatividade: Aqui estão representados três mundos completamente diferentes construídos numa unidade inalterável. Tudo nos parece bastante estranho e, no entanto, é bastante convincente... As dezesseis figurinhas que aparecem na litografia, podem ser divididas em três grupos, cada qual vivendo no seu próprio mundo. O que para uns é um teto, é para outros uma parede; o que para um grupo é uma porta, é para outro um buraco no chão. Há três pequenos jardins. Em parte nenhuma da gravura podemos distinguir o chão sobre o qual estas figurinhas vivem, mas as grandes áreas do teto sobre eles são visíveis na metade superior da composição. No meio da gravura, numa das paredes laterais, está sentada uma figurinha lendo. A sua posição deve parecer-lhe bastante estranha. Parece estar pairarando em posição horizontal acima do chão. Se se levantar para subir as escadas, à esquerda, depara-se com outra figurinha com um saco nos ombros que, estranhamente, desliza sobre o pavimento.

• Bond of Union:  Duas espirais fundem-se e retratam à esquerda a cabeça de uma mulher e à direita a de um homem. Como numa faixa infinita as frentes entrelaçam-se e acabam por formar uma unidade dupla. A sugestão de espaço é aumentada por esferas que flutuam na frente de dentro e detrás das imagens ocas.

"Muito antes de eu descobrir em Alhambra uma afinidade com os padrões na divisão regular do plano, eu, próprio, desenvolvi esse interesse . No princípio, eu não tinha ideia nenhuma de todas as possibilidades de construção de figuras, que tinha. Não sabia nada das regras básicas, mas fui tentando, sem saber o que estava a fazer, ajustar formas congruentes, que eu tentava dar a formas de animais. Minha experiência ensinou-me que as silhuetas de pássaros e peixes são as das mais agradáveis formas, de todas, para utilizar no jogo de dividir o plano. A silhueta de um pássaro voando tem, exactamente,a angulosidade necessária. E mais, tem uma forma característica, visto debaixo ou de cima, de frente ou de lado. Isso é o aspecto mais fascinante da divisão do plano... O equilíbrio dinâmico entre os motivos. conduziu à criação de numerosas impressões. Está aqui que a representação de opostos de todos os tipos."

Escher


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"O Mundo Mágico de Escher"
Quando: de 12 de outubro a 26 de dezembro de 2010. De terça a domingo, das 9h às 21h.
Onde: CCBB Brasília - sala multiuso, galeria, vão central e jardins (SCES, Trecho 02, lote 22, Brasília-DF)
Quanto: grátis
Info: 61 | 3310.7087


Fonte: Wikipedia e Faculdade de Ciências - Universidade de Lisboa
Fotos: All Posters

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